Resumo do texto
- Entenda a desigualdade de gênero no mercado financeiro;
- Veja a atual situação das mulheres nesse mercado;
- Conheça iniciativas para a inclusão feminina no mercado financeiro;
- Confira o programa Independência Financeira Feminina PagBank 2025;
- Saiba qual o futuro da equidade de gênero no mercado financeiro.
O mercado financeiro sempre foi um ambiente predominantemente masculino. No entanto, nas últimas décadas, as mulheres têm conquistado espaço e mostrado sua capacidade de liderança, tomada de decisão e influência no setor.
Ainda assim, diversos desafios persistem, desde a desigualdade salarial até a baixa presença em cargos de liderança. Neste artigo, abordamos a realidade das mulheres no mercado financeiro, os obstáculos que enfrentam e as mudanças necessárias para um ambiente mais equitativo.
A desigualdade de gênero no mercado financeiro
Apesar dos avanços, a desigualdade de gênero ainda é uma realidade evidente no mercado financeiro. As mulheres, mesmo sendo maioria nos cursos superiores, continuam ganhando menos e ocupando menos cargos de liderança do que os homens.
- Segundo o IBGE, as mulheres representam mais de 50% da população brasileira, mas apenas 34% dos cargos gerenciais no setor financeiro;
- A diferença salarial também é um problema significativo: em média, as mulheres ganham 20,7% menos do que os homens em funções equivalentes;
- Além disso, a divisão desigual do trabalho doméstico impacta diretamente a possibilidade de crescimento profissional das mulheres. Segundo a OIT, elas dedicam o dobro do tempo a essas atividades em comparação aos homens.
A falta de representação feminina é outro obstáculo: apenas 24% dos investidores na B3 são mulheres, mostrando que a inclusão no mercado financeiro ainda tem um longo caminho a percorrer.
Mulheres no mercado financeiro
As mulheres têm um papel fundamental na economia, não apenas como profissionais do mercado financeiro, mas também como tomadoras de decisões econômicas em seus lares. Segundo o governo, as mulheres chefiam mais de 49% dos lares brasileiros.
Porém, a representatividade feminina em funções estratégicas ainda é reduzida. Apenas 14% dos analistas CNPI credenciados na Apimec são mulheres, e apenas 7% dos profissionais CGA possuem certificação de Gestores de Carteiras Anbima. Esses números indicam que há uma necessidade urgente de iniciativas que incentivem a participação feminina nesse setor.
Mulheres em cargos de liderança em bancos e fintechs
A presença de mulheres em posições de liderança no mercado financeiro tem aumentado, mas ainda há um desequilíbrio significativo. Segundo a FESA Group, apenas 33,86% dos cargos de liderança nas empresas de finanças são ocupados por mulheres. Esse percentual é ainda menor em áreas como Investment Banking, onde apenas 17,39% das posições de chefia são femininas.
Apesar disso, estudos mostram que empresas com liderança feminina apresentam melhor desempenho financeiro. Um levantamento do S&P Global Market Intelligence revelou que companhias com CFOs mulheres tiveram um retorno 8% superior à média do mercado. Essa estatística reforça a necessidade de políticas corporativas que incentivem a contratação e promoção de mulheres.
Iniciativas para a inclusão feminina no mercado financeiro
Diversas iniciativas têm surgido para incentivar a inclusão feminina no setor financeiro. Algumas delas incluem:
- Regulamentação da B3: desde 2023, empresas de capital aberto na B3 devem apresentar relatórios sobre diversidade em seus conselhos e diretorias;
- Programas de Mentoria: empresas têm criado programas de mentorias específicos para mulheres, ajudando a reduzir a desigualdade no acesso a cargos de liderança;
- Flexibilização do Trabalho: modelos híbridos e flexíveis têm sido adotados para facilitar a conciliação entre vida profissional e pessoal.
Independência Financeira Feminina PagBank 2025
Desde 2022, no mês de março, o PagBank homenageia as mulheres com a publicação de uma nova temporada do projeto Independência Financeira Feminina PagBank. O objetivo é evidenciar a importância de as mulheres conquistarem a sua independência financeira, entendendo que cada uma é única e dona de sua própria história.
Para isso, o projeto conecta histórias de mulheres reais que superaram suas dificuldades. Assim, além de inspiração, elas podem aprender umas com as outras.
A primeira temporada discutiu a evolução do papel da mulher na sociedade, passando por questões de autoconhecimento, autorrespeito e futuro. Em 2023, foi apresentado um passo a passo para a transformação em “De Devedora em Investidora”, dando luz à necessidade de empreender a si mesma.
Já a temporada de 2024 foi no estilo “uma sobe e puxa a outra”, convidando mulheres que fundaram e representam instituições dedicadas a apoiar mulheres para contarem suas histórias.
Neste ano, o Independência Financeira Feminina apresenta mulheres de diferentes gerações que conseguiram romper a bolha da desigualdade de gênero e assumiram funções de liderança no mercado financeiro. Contando suas trajetórias, elas comprovam que, seja profissionalmente ou como investidora, esse mercado tem, sim, grandes oportunidades para as mulheres.
O futuro da equidade de gênero no mercado financeiro
O caminho para um mercado financeiro mais igualitário passa por mudanças estruturais e culturais. Para alcançar a equidade de gênero, é essencial que as empresas adotem políticas afirmativas, garantindo maior representação feminina em cargos de liderança. Assim como também é necessário que as mulheres se encorajem a buscar mais educação financeira e oportunidades de construção da sua própria independência.
Com mais mulheres no comando, há tendência de que o mercado financeiro se torne mais dinâmico, diverso e eficiente. Estudos apontam que equipes diversas tomam melhores decisões e impulsionam resultados positivos para as empresas e a economia como um todo.
Embora a participação feminina no mercado financeiro tenha crescido, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir equidade de gênero nesse setor. Os desafios são muitos, desde a desigualdade salarial até a dificuldade de ascensão profissional, mas os avanços mostram que a mudança é possível.
Promover um mercado financeiro mais inclusivo não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para alavancar a economia e melhorar a gestão financeira global. No Mês Internacional da Mulher, é essencial refletirmos sobre esses desafios e avançarmos na construção de um futuro mais igualitário para todas as profissionais do setor.