Resumo do texto
- Saiba como começar a planejar tudo para a sua próxima viagem;
- Confira dicas e cuidados extras para se preparar para uma viagem ao exterior;
- Veja como viver uma experiência mais tranquila e segura;
- Entenda como organizar as finanças para não passar aperto durante a viagem.
Se tem algo que faz o coração bater mais forte é pensar em novas experiências, paisagens e sabores. Mas, antes de embarcar, é importante saber como planejar uma viagem com calma, organização e, claro, consciência. A boa notícia? Com a preparação certa, dá para viajar mais e ainda melhor: sem sustos no bolso.
E não é só você que está com esse desejo! O Airbnb acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa conduzida pelo Instituto Ipsos sobre as tendências de viagem para 2025: 71% dos entrevistados afirmaram que pretendem viajar neste ano e, desses, 26% já têm pelo menos uma viagem reservada.
Você faz parte desse grupo? Então, que tal uma conversa sobre como planejar uma viagem do zero? Aqui, vamos falar sobre planejamento financeiro para viajar, definição de roteiros, transporte, hospedagem e outros detalhes para sair da rotina com tudo organizado. Vamos nessa?
Como planejar uma viagem ?
Para começar, é preciso pensar que planejar uma viagem é muito mais do que simplesmente escolher um destino no mapa. É indispensável alinhar expectativa, realidade e orçamento. Não existe um modelo único, mas alguns passos ajudam a garantir uma experiência mais prazerosa do início ao fim.
Nos próximos tópicos, vamos destrinchar esse planejamento em etapas simples e funcionais. A ideia é que você consiga arrumar tudo com antecedência, entender seus custos, escolher os melhores caminhos e aproveitar cada centavo investido.
Primeiro, comece definindo a duração e o orçamento da viagem
A duração da sua viagem é o ponto de partida, porque o tempo disponível vai influenciar no destino escolhido, nos custos, nas atividades e no tipo de hospedagem que você vai procurar. Uma viagem de três dias tem uma lógica bem diferente de um roteiro de duas semanas.
Se você está começando a planejar uma viagem do zero, comece avaliando a sua agenda e a disponibilidade de quem for com você:
- Tem crianças na escola?
- Um trabalho com prazos apertados?
- Alguma responsabilidade familiar que demande a sua presença?
Outra dica importante: pense no deslocamento. Viagens curtas pedem destinos mais próximos para não perder muito tempo no trajeto.
Depois de escolher o seu destino, definir quanto tempo você vai ficar e estimar os custos. A grande questão é: será que vai dar pra bancar tudo? A melhor forma de evitar esse aperto é simples: defina uma meta de economia e comece a guardar desde já.
O importante aqui é tratar a sua viagem como um objetivo real, como quem junta dinheiro para um projeto de vida. E quanto mais cedo você começar, menos vai pesar, sem contar que você diminui o risco de se endividar e ainda consegue aproveitar as promoções que surgem ao longo do caminho.
Um truque que faz toda a diferença para manter os gastos sob controle é dividir o valor total da sua viagem pelos dias que você vai ficar lá. Assim, você estabelece um limite de gastos diários com alimentação, transporte, passeios e tudo mais.
Avalie o destino e os custos locais
Nem sempre um destino “barato” nas redes sociais vai sair realmente em conta. Um bom exemplo é a Argentina, a moeda desvalorizada atrai muitos turistas, mas alguns custos locais estão elevados, como a alimentação em restaurantes turísticos e passeios guiados.
Algumas cidades brasileiras também têm um custo de vida elevado, como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Gramado. Por isso, pesquise bem sobre preços de alimentação, transporte interno, passeios e até gorjetas. Então, o ideal é escolher destinos mais acessíveis ou optar pela visita na baixa temporada.
A dica aqui é montar uma prévia do orçamento de viagem com base no seu estilo. Vai comer fora todos os dias ou prefere cozinhar no local? Vai de transporte público ou prefere Uber? Quanto mais realista, melhor.
Use comparadores de passagens e alertas de preço
Plataformas como Skyscanner, Voopter, Kayak e Google Flights ajudam muito na missão de economizar com as passagens. Elas vasculham várias companhias aéreas e mostram, em um só lugar, onde está a melhor oferta.
Outra funcionalidade interessante são os alertas de preço. Você cadastra o trecho que quer fazer e a plataforma te avisa quando houver uma queda nos valores. O melhor de tudo é que você ainda evita aquela rotina cansativa de ficar entrando todo dia para checar os preços.
Ah, e se você tiver flexibilidade nas datas, melhor ainda! Algumas dessas ferramentas mostram até qual é o mês mais barato para viajar. Ou seja, além de encontrar passagens com desconto, você ainda ajusta o seu roteiro para gastar menos. Um belo jeito de começar o planejamento da viagem já economizando, concorda?
Planeje os roteiros e passeios antecipadamente
A princípio, viajar sem roteiro parece libertador, mas a experiência pode ser cara e frustrante. Vale muito mais a pena montar um planejamento básico, com os lugares que você quer conhecer, os passeios que gostaria de fazer e os restaurantes que chamam a atenção.
E aqui vai uma dica importante: fique de olho nas promoções, cupons de desconto e alertas de preços para atrações e ingressos. Comprar online com antecedência geralmente sai mais barato do que deixar para a última hora, além de te poupar filas e correria.
Outra forma de economizar é dar preferência a programações gratuitas. Muitas cidades oferecem parques, museus com entrada livre em certos dias, feiras culturais e outras experiências que não pesam no bolso e rendem ótimas memórias.
Ah, e não esqueça de deixar um tempinho livre no roteiro, porque, no fim, algumas das melhores partes da viagem são justamente aquelas que acontecem sem aviso.
Prefira hospedagens alternativas
Para viajar gastando pouco, sair do padrão dos hotéis tradicionais também é uma ótima jogada. Hostels, quartos em Airbnb, pousadas familiares, campings e troca de casas com outros viajantes são opções que, além de mais acessíveis, costumam oferecer experiências mais autênticas.
Algumas plataformas conectam pessoas dispostas a trocar de casa por um período, e se a ideia for economizar ao máximo, hostels com cozinha compartilhada e quartos coletivos costumam ser os campeões em custo-benefício. A dica é pesquisar bem, ler avaliações e verificar a localização.
Cozinhe no local ou leve lanches
Comer fora todos os dias costuma pesar (e muito) no orçamento da viagem. Por isso, uma estratégia simples e eficaz é aproveitar a cozinha do local onde você está hospedado para preparar algumas refeições.
Mesmo que você não queira cozinhar todos os dias, fazer o café da manhã ou o jantar no local já representa uma boa economia. Outra alternativa é sair para os passeios com lanches prontos na mochila: frutas, sanduíches, snacks ou o que for prático e nutritivo.
Além de economizar, você evita cair em pegadinhas de pontos turísticos com preços inflacionados. E ainda ganha tempo para curtir o passeio sem interrupções.
Compartilhe custos com amigos ou familiares
Quando você divide os gastos com hospedagem, transporte, alimentação e passeios, o valor por pessoa cai bastante, e a experiência pode ficar ainda mais divertida.
Alugar um carro, por exemplo, só vale a pena se for para dividir. O mesmo vale para casas ou apartamentos por temporada, que costumam ser mais espaçosos e econômicos quando compartilhados. A divisão de compras no mercado e o uso de aplicativos de transporte também aliviam o orçamento.
Só não esqueça de alinhar expectativas com o grupo antes da viagem para que todo mundo esteja na mesma página.
Use apps de organização e controle financeiro
Manter as finanças sob controle durante a viagem é fundamental para não estourar o orçamento. E hoje existem vários aplicativos gratuitos que ajudam a organizar os gastos, tanto no planejamento quanto durante o passeio.
Aplicativos como Mobills, Organizze, Minhas Economias, Money Lover, e Monefy servem justamente para registrar despesas, acompanhar categorias de gastos e dividir contas com outras pessoas. Assim, fica mais fácil entender onde está indo o dinheiro e fazer os ajustes necessários.
Outro ponto positivo: você evita surpresas na volta, como aquela fatura do cartão maior do que esperava. Com tudo anotado, fica mais fácil aproveitar com tranquilidade – e dentro do planejado.
Dicas extras de como planejar uma viagem internacional
Tudo o que falamos até aqui também vale para quem vai sair do país. Vale lembrar, que as viagens internacionais exigem cuidados extras quanto a documentação, moeda estrangeira, seguros e outros detalhes. Saiba quais são os pontos mais importantes para que tudo ocorra com segurança e dentro do seu orçamento.
Fique de olho no câmbio para aproveitar oportunidades
Se a sua viagem for para fora do Brasil, acompanhar a cotação da moeda estrangeira com antecedência é uma jogada de mestre. Sabe por quê? Às vezes, a moeda do seu destino sofre quedas pontuais, e é exatamente aí que você consegue fazer uma supereconomia!
A ideia é simples: não espere a última hora para comprar todo o valor. Em vez disso, vá adquirindo aos poucos, sempre que perceber uma queda na moeda. Assim, você minimiza o risco de pegar uma cotação alta perto da viagem e constrói sua reserva com mais tranquilidade.
Também vale optar por casas de câmbio confiáveis e usar contas internacionais que cobram menos IOF. Planejar com calma, nesse caso, é o segredo para não pagar caro à toa.
Vai tirar passaporte? Não esqueça de incluir esse custo (planeje a emissão com antecedência)
Se você ainda não tem passaporte, o custo atual é de R$ 257,25 (valor de emissão no Brasil), mas esse valor pode mudar nos próximos meses. Parece uma coisa simples, mas muita gente deixa para a última hora e acaba se atrapalhando.
Além do valor, é importante lembrar que o processo pode demorar, a depender da demanda na sua cidade. Por isso, quanto antes você agendar, melhor.
Agora, se você já tem passaporte, é preciso verificar a validade, porque muitos países exigem que o documento esteja válido por pelo menos 6 meses a partir da data de entrada.
Verifique a necessidade de visto de entrada
Alguns países exigem visto para brasileiros. E ele pode sair caro, demorado ou requerer documentos específicos. Estados Unidos, Canadá, China, Austrália e Japão são exemplos clássicos.
Mesmo que a data da viagem ainda esteja distante, é uma boa ideia já consultar, pois conforme seu destino, o processo leva semanas ou até meses. E não esqueça de incluir o valor do visto no seu orçamento!
Cuidado com o IOF do cartão
Ter um cartão de crédito para usar no exterior é prático, mas há um custo: o IOF de 3,5% sobre todas as compras pode encarecer bastante os seus gastos, especialmente se você não estiver controlando bem os valores.
Uma excelente alternativa aqui é usar cartões internacionais pré-pagos ou contas digitais em dólar, como a do PagBank, que oferecem IOF reduzido e ajudam na gestão financeira da viagem.
Respeite as regras da Receita Federal para não ter prejuízo
Desde 2022, o valor máximo de compras no exterior com isenção de impostos é de US$ 1.000,00 por passageiro quando a entrada é feita por via aérea ou marítima. Você também pode comprar mais US$ 1.000,00 no duty free (lojas do aeroporto), respeitando os limites de quantidade por tipo de produto.
É importante entender que há uma diferença entre itens de uso pessoal e compras que entram na cota de isenção. Produtos de uso pessoal, como roupas, celular usado, escova de dentes e livros não entram no limite de US$ 1.000,00. Mas atenção: a Receita Federal pode questionar se, por exemplo, você estiver trazendo dois celulares ou vários itens repetidos. Nesse caso, só um deles será considerado de uso pessoal.
Caso ultrapasse os valores permitidos, é preciso pagar imposto de 50% sobre o valor excedente. E se você não declarar os bens que passam da cota, a alíquota sobe para 100%, com risco de ter a mercadoria retida ou apreendida.
Por isso, o ideal é sempre declarar o que ultrapassa a cota, e você pode fazer isso com praticidade no site da Receita Federal, usando a Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV).
Como planejar uma viagem financeiramente?
Depois de definir seu destino, a hospedagem e os passeios, tem uma última etapa que não pode ficar de fora do seu planejamento: garantir que o seu bolso aguente o tranco sem sustos. Viajar bem não significa gastar muito, mas, sim, gastar com inteligência. É preciso montar um orçamento realista, acompanhar os custos ao longo dos dias e, claro, ter uma quantia extra para o que não estava nos planos.
Um voo cancelado, a mala que extraviou, uma emergência médica… Por mais que a gente planeje cada detalhe de uma viagem, os imprevistos sempre acontecem, não é mesmo? Para salvar a sua pele (e o tão sonhado passeio), é importante que você tenha uma reserva para emergências, como uma “gordurinha” sobrando no seu orçamento. Por isso, não perca tempo!
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