Investimentos em Renda Fixa e os Desafios da Economia Global

Baseado no título desse conteúdo, vamos analisar como as mudanças influenciam seus investimentos e como se preparar para os desafios econômicos atuais. Com as preocupações nos Estados Unidos e na China, e como essas questões afetam a economia global, fornecendo insights para decisões financeiras bem fundamentadas.

É hora de considerar sair dos investimentos de renda fixa?

No dia 2 de agosto, o Comitê de Política Monetária (COPOM) tomou uma decisão surpreendente ao reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual, levando-a para 13,25% ao ano.

Isso contrariou as expectativas, que previam uma diminuição de apenas 0,25 ponto percentual. Além disso, o COPOM indicou a possibilidade de efetuar cortes similares nas próximas reuniões.

Atualmente, os CDBs 100% do CDI estão oferecendo rendimentos de aproximadamente 13,15% ao ano. Sendo assim, os CDBs continuam sendo uma escolha sólida para investidores que buscam um equilíbrio entre rentabilidade e segurança em seus investimentos de renda fixa.

Pagbank recebe nota máxima da S&P Global Ratings

A agência de avaliação de risco S&P Global Ratings concedeu ao Banco Seguro S.A (PagBank) a classificação ‘brAAA’.

Esta avaliação reflete a robusta base de operações do banco, com a expectativa de que seus indicadores de crédito permaneçam firmes nos próximos 12 meses.

No comunicado oficial, a S&P Global afirmou: “[…] Reconhecemos que o grupo desfruta de uma posição consolidada no setor de serviços de pagamento no Brasil e apresenta uma sólida estrutura de capital […].”

IPCA-15: Prévia da Inflação Registra Alta em agosto

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como uma prévia da inflação oficial do país, surpreendeu em agosto ao registrar um aumento de 0,28%, encerrando uma sequência de quedas que vinha desde maio de 2022.

No acumulado do ano de 2023, o IPCA-15 acumula uma alta de 3,38%, e nos últimos 12 meses, a prévia da inflação atingiu 4,24%.

Queda da Selic não Impulsiona a Bolsa

Em agosto, a Bovespa, a bolsa brasileira, enfrentou um mês desafiador, interrompendo uma tendência positiva que havia se mantido nos quatro meses anteriores.

Nesse período, o mercado testemunhou um recorde com treze dias consecutivos de quedas, resultando em um declínio de 5,09%.

Surpreendentemente, mesmo após um corte na taxa Selic de 0,50 ponto percentual, a bolsa registrou queda. Isso sugeriu que a redução dos juros já havia sido amplamente antecipada pelo mercado financeiro.

Um ponto notável foi a saída de capital estrangeiro da bolsa alcançando um total de R$ 9,7 bilhões até o dia 29, o pior desempenho do ano em 2023.

Essa movimentação teve repercussões diretas no nosso cambio, levando o dólar de R$ 4,72 para R$ 4,95.

Nota ruim para a Casa Branca

No começo do mês, a agência de classificação de risco Fitch Rating rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de “triplo A” para “AA+”. A Fitch justificou sua decisão afirmando que o país enfrentará dificuldades maiores para honrar suas obrigações de dívida pública nos próximos anos.

Em decorrência desse rebaixamento, os títulos públicos dos Estados Unidos, conhecidos como Treasuries, experimentaram turbulência. Em outras palavras, à medida que a nota de crédito diminui, os investidores passam a demandar taxas de juros mais altas para investir nesses títulos norte-americanos.

Esse cenário econômico, que inicialmente esperava uma melhora suave e sem grandes impactos, foi afetado por turbulências em agosto. O estresse nas taxas de juros alcançou níveis não vistos desde 2007, antes da crise do subprime que abalou os Estados Unidos e grande parte do mundo em 2008.

Em 2008: Tudo de Novo?

A Zhongrong Trust, uma empresa chinesa que administra um patrimônio superior a US$ 87 bilhões e possui operações nos setores financeiro, de mineração e veículos elétricos, enfrenta preocupações crescentes devido ao não pagamento a três empresas, somando aproximadamente US$ 15 milhões.

O não cumprimento dessas obrigações e outras questões de insatisfação têm gerado inquietações nos mercados e levado a protestos por parte de investidores insatisfeitos em frente à sede da empresa.

Esta situação tem aumentado o temor de uma possível queda no mercado imobiliário, semelhante àquela que ocorreu em 2008 e que agora está sendo chamada de “momento Lehman”.

Até onde vai a crise na China?

O cenário pós-Covid na China tem ficado aquém das expectativas globais e brasileiras.

Apesar de dois significativos estímulos econômicos concedidos em abril e no final de agosto deste ano, o crescimento do PIB chinês no segundo trimestre registrou apenas 0,8% em relação ao trimestre anterior, com um avanço anual de 3,2%, o mais baixo em décadas.

Outra fonte de preocupação diz respeito ao setor imobiliário chinês. A gigante imobiliária chinesa Evergrande apresentou um pedido de proteção contra falência em 17 de agosto. A empresa acumula uma dívida de cerca de US$ 300 bilhões, reavivando as preocupações que surgiram em 2021.

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