Drex: entenda o que é e como vai funcionar a moeda digital do Brasil

Quanto tempo faz que você não usa dinheiro em espécie para pagar uma compra? A facilidade de ter uma carteira dentro do celular está fazendo cada vez mais pessoas aderirem às moedas digitais. Pensando nisso, o Banco Central anunciou o Drex.

Se você já ouviu esse nome em algum lugar, mas não entendeu o que significa, fique tranquilo! O Drex é uma iniciativa com foco em criar o Real Digital, a versão na blockchain da moeda brasileira.

Continue a leitura para entender como isso vai funcionar e quais os benefícios desse projeto!

O que é o Drex?

O Drex é a versão do real inserido na blockchain. Ou seja, ao invés de sacar dinheiro em caixas eletrônicos e andar com notas na sua carteira, você guarda qualquer valor em sistemas virtuais.

Também chamado de Real Digital, o Drex vai permitir fazer transações online da mesma forma que é feita com o real físico. Dessa forma, você não precisa se preocupar com taxas de câmbio ou qualquer outra variação.

Afinal, o que é uma CBDC?

Uma moeda digital emitida por um banco central (CBDC) é uma forma de dinheiro eletrônico, armazenado e movimentado online, sem existência física. É muito comum confundir o termo com criptomoeda, mas elas possuem diferenças.

Criptomoedas são um tipo específico de moeda digital que utiliza tecnologia criptográfica para garantir segurança, operando em uma rede blockchain. Esse sistema funciona como uma cadeia de blocos, onde os dados são armazenados de forma descentralizada, aumentando a segurança.

A principal diferença é que as criptomoedas, como o Bitcoin, são independentes de instituições financeiras e governos. Enquanto isso, outras CBDCs podem ser controladas por essas entidades, como é o caso do Banco Central e o Drex.

Como o Drex vai funcionar?

Essa moeda virtual poderá ser usada para fazer compras, pagar boletos e até realizar aplicações financeiras. Ela estará disponível para uso por meio de contas digitais, aplicativos e plataformas de pagamento e tem previsão de lançamento entre o final de 2024 e 2025.

É importante ressaltar que o Drex não elimina as notas físicas, apenas se trata de uma alternativa inserida na blockchain.

Embora algumas pessoas ainda utilizem dinheiro em espécie, a maior parte dele já circula de maneira eletrônica. Basta ter como exemplo o pagamento de salários, que costuma ser feito por Pix, TED ou depósito bancário.

Vantagens prometidas pela moeda digital do Brasil

A expectativa do Banco Central é que o Drex traga diversas vantagens para os brasileiros. Confira quais são:

1. Rapidez nas transações

Toda transferência feita com o real digital será confirmada em poucos segundos. Isso porque o dinheiro já é digital e não precisa de confirmação extra de saldo. Esse processo impacta, principalmente, transações de alto valor, que costumam demorar mais para serem aprovadas.

2. Possibilidade de usar em qualquer país

Dê adeus para toda aquela burocracia de pagar taxas caras por uso do cartão quando estiver em outro país.

3. Menor risco de fraudes

O real digital promete ser uma das maneiras mais seguras de fazer movimentações online. Dessa forma, ninguém mais precisará se preocupar com transações feitas em compras pela internet.

4. Maior velocidade

A liquidez do Drex será tão boa quanto a do Pix. O Real Digital vai tornar essas transações mais rápidas devido aos instrumentos e ferramentas de liquidação próprias do Banco Central.

5. Maior transparência em pagamentos

Uma das principais promessas do BC é que o Real Digital vai trazer maior transparência para todas as transações. Isso será possível graças à tecnologia de blockchain, que permite rastrear cada movimentação financeira com mais facilidade.

6. Regulamentação mais assertiva

O sistema de regulamentação do Drex, por mais que possa parecer extenso, é mais assertivo. Todas as diretrizes e políticas são definidas diretamente pelo Banco Central, sem intermediários. O que traz mais confiabilidade e segurança para os brasileiros.

Diferenças entre Drex e Pix

Uma coisa que pode causar dúvida é a comparação entre Drex e Pix. O Banco Central afirma que a principal diferença entre ambos é na questão da responsabilidade. Confira a tabela abaixo para entender melhor:

Em resumo, é possível dizer que o Drex será um membro da família do Pix, mas não a mesma ferramenta.

Onde poderemos usar o Drex?

O Drex será aceito somente em transações virtuais. Ou seja, você não consegue ir até um caixa eletrônico ou agência bancária e sacar o Real Digital.

As pessoas poderão fazer operações com ele por meio de carteiras virtuais, como Google Pay ou Apple Pay.

O Drex terá algum custo?

De acordo com o Banco Central, ainda não há uma definição sobre os custos do Drex. A princípio, cada banco terá liberdade para definir taxas relacionadas à moeda.

Ele pode ser gratuito ou com valores abaixo de outros meios de pagamento, como o cartão de crédito.

O Real Digital é seguro?

Segundo a Agência Brasil, o Real Digital vai funcionar em um ambiente totalmente seguro, com chances mínimas de fraudes.

Como o Drex irá impactar a economia daqui para frente?

O Drex é uma grande aposta do Banco Central, mas está sendo visto com bons olhos pelo mercado financeiro.

Especialistas acreditam que o Real Digital vai tornar os pagamentos e outras transferências cada vez mais rápidos, seguros e eficientes. Isso irá representar um ótimo ganho para a economia brasileira em geral.

Além disso, o Brasil é mais um dos países a adotar uma moeda digital oficial. Atualmente, apenas 11 países já lançaram, enquanto 54 estão em desenvolvimento.

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