A importância da representatividade negra na mudança da sociedade

Resumo do texto

  • O que é a representatividade negra?;
  • Entenda a importância de termos influenciadores negros;
  • Conheça 5 mulheres pretas de destaque!

 

A representatividade negra é a valorização de histórias, culturas e vozes historicamente marginalizadas. No Brasil, onde a maioria da população é preta, segundo o IBGE, a sub-representação desse grupo em espaços de poder, mídia e liderança ainda é um reflexo do racismo estrutural que vivemos no país.

Embora a gente tenha tido avanços, como o aumento de figuras pretas em posições de destaque, o caminho para a equidade ainda é longo. E essa luta por visibilidade e reconhecimento vai além de ocupar lugares: trata-se de transformar as estruturas que reforçam a exclusão e garantir que as experiências negras sejam reconhecidas e respeitadas.

O primeiro passo para mudanças definitivas é a educação e a abertura de espaços de diálogo que coloquem esse tema em foco. Por isso, vamos entender o que é a representatividade negra, a importância de influenciadores pretos e o papel das mulheres nesse cenário nacional. 

O que é a representatividade negra?

Representatividade negra significa garantir que pessoas pretas tenham mais visibilidade, respeito e valorização em diferentes espaços da sociedade, como na mídia, na política, nos negócios e na cultura. Esse conceito busca combater a exclusão histórica e oferecer novas referências para uma população que, muitas vezes, não se vê adequadamente retratada.

Como citamos no início, segundo Censo do IBGE, a população preta representa mais de 55% do Brasil. Ainda assim, quando falamos de representatividade negra, os números são baixos. A consequência disso é que crianças e jovens pretos têm dificuldade de se reconhecer em lugares de destaque.

Dessa forma, fica claro que o empoderamento negro envolve a transformação das narrativas para retratarem de forma realista e positiva as experiências e contribuições das pessoas negras.

No Brasil, onde o racismo estrutural ainda perpetua desigualdades, a representatividade negra é um instrumento poderoso para promover mudanças sociais, além de contribuir para uma percepção mais rica e inclusiva da sociedade.

A importância de mais influenciadores negros

A representatividade não acontece apenas em espaços políticos ou na televisão. Com o avanço da internet como formadora de opinião e criadora de tendências, influenciadores negros têm um papel essencial na construção de narrativas mais diversas e inclusivas. Eles trazem à tona questões relacionadas ao racismo, desigualdades e cultura negra, ampliando debates e ajudando a desconstruir preconceitos.

Além disso, influenciadores negros inspiram ao mostrararem que o sucesso em áreas como moda, ciência, literatura e negócios é possível, mesmo diante de desafios estruturais. Essa presença abre portas para que mais pessoas pretas possam enxergar novas possibilidades e serem protagonistas de suas histórias.

Conheça o projeto “Vozes que Inspiram” e assista ao primeiro episódio no nosso canal do Youtube!

Representatividade feminina: mulheres pretas de destaque

As mulheres negras enfrentam uma dupla barreira: o racismo e o machismo. Por isso, quando falamos de representatividade, mostrar às meninas pretas que é possível chegar ao sucesso é ainda mais importante. E o caminho para tal é valorizar as vozes e trajetórias de mulheres pretas que superaram os diversos obstáculos impostos pela nossa sociedade.

Trouxemos alguns nomes para você conhecer mulheres pretas que, com suas histórias de vida e realizações, tornaram-se símbolos de resistência e transformação.

Conceição Evaristo

Conceição Evaristo é escritora e ativista, conhecida por sua literatura que aborda o racismo e a desigualdade de gênero sob o ponto de vista de quem sentiu na pele as consequências. 

Graduada em Letras pela UFRJ, ela publicou obras importantes, como Ponciá Vicêncio e Insubmissas lágrimas de mulheres, que retratam as vivências das mulheres pretas no Brasil. Sua escrita carrega uma profunda sensibilidade e uma crítica social contundente, consolidando-a como uma das principais vozes da literatura brasileira contemporânea.

representatividade negra - Conceição Evaristo
Reprodução/Instagram

Jaqueline Goes de Jesus

Jaqueline Goes de Jesus é biomédica e foi uma das cientistas responsáveis por mapear o genoma do coronavírus em apenas 48 horas, um marco na ciência brasileira. 

Graduada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, ela é referência na área de biotecnologia e saúde pública. Teve sua atuação imortalizada ao ganhar uma Barbie própria, ação que traz ainda mais empoderamento feminino para jovens que querem seguir na área científica.

representatividade negra - Jaqueline Goes de Jesus
Reprodução/Instagram

Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro é filósofa, escritora e ativista do feminismo negro. Em seu livro Pequeno Manual Antirracista, ela desmistifica o racismo estrutural e propõe ações práticas para combatê-lo. 

A obra recebeu o Prêmio Jabuti em 2020, reforçando sua relevância no cenário intelectual brasileiro. Djamila utiliza sua visibilidade para educar e inspirar, sendo uma referência no empoderamento feminino e na luta por igualdade racial.

representatividade negra - Djamila Ribeiro
Reprodução/Instagram

Monique Evelle

Monique Evelle é empreendedora, consultora e ativista. 

Criadora da Inventivos, uma plataforma de formação de empreendedores, ela também atua como sócia da Sharp, hub de inteligência cultural. Reconhecida pela revista Forbes como uma das principais líderes jovens do Brasil, Monique combina inovação e inclusão em seus projetos. Além disso, lidera iniciativas que fomentam o empreendedorismo negro e a diversidade no mercado corporativo.

representatividade negra - Monique Evelle
Reprodução/Instagram

Mari Ferreira

Mari Ferreira é especialista em educação financeira, criadora do perfil Tostão Furado e autora do livro de mesmo nome. Mari produz conteúdo para as redes sociais com foco em estratégias de gastos e dicas práticas para o dia a dia. Além disso, é ganhadora do Prêmio Educação Financeira Transforma e atua como consultora na área.

Ela está ao lado de Suéli Feio no primeiro episódio do “Vozes que Inspiram”

representatividade negra - Mari Ferreira
Reprodução/Instagram

Suéli Feio

Suéli Feio é cofundadora do programa Costurando Sonhos. O projeto oferece formação em costura para mulheres em situação de vulnerabilidade, capacitando-as para o mercado de trabalho. Ela é um exemplo de como a força econômica das favelas pode transformar vidas, mostrando que é possível conquistar espaços globais com iniciativas baseadas em inclusão e empreendedorismo.

representatividade negra - Suéli Feio
Imagem do programa “Vozes que Inspiram”

A representatividade negra e o empoderamento feminino são pilares fundamentais para a construção de uma sociedade cada vez mais igualitária. E o PagBank entende que as grandes empresas precisam dar suporte e abrir espaço para essa mudança. Dentre as iniciativas que apoiamos, a mais recente é o lançamento do projeto Vozes que Inspiram, que fala sobre temas financeiros que afetam sistemicamente diferentes comunidades. O episódio de lançamento reconhece e homenageia a comunidade preta, sendo lançado no Dia da Consciência Negra.

Dentre as pessoas convidadas, Suéli Feio fala sobre a importância da independência financeira para as mulheres negras e como o trabalho com o projeto “Costurando Sonhos” transforma a realidade nas favelas.

Assista ao programa Vozes que Inspiram em nosso canal do YouTube: