Resumo do texto
- Saiba o que é volatilidade em investimentos;
- Conheça os diferentes tipos de volatilidade;
- Entenda a relação entre risco e volatilidade para tomar decisões seguras;
- Confira o que caracteriza um mercado volátil;
- Veja quais fatores influenciam a volatilidade e como acompanhá-los;
- Aprenda como medir a volatilidade e utilizar esse indicador a seu favor;
- Descubra quando a volatilidade pode ser uma oportunidade e não um risco;
- Conheça as melhores estratégias para lidar com a volatilidade e proteger seus investimentos.
Se você investe ou está começando no mercado financeiro, já deve ter se perguntado o que é volatilidade. O termo aparece sempre que há oscilações bruscas nos preços de ações, fundos e títulos de renda fixa.
É natural sentir insegurança ao ver um investimento subir ou cair, mas a volatilidade faz parte do mercado e pode representar tanto riscos quanto oportunidades. Com a estratégia certa, é possível minimizar os impactos negativos e até obter ganhos expressivos, mesmo nos cenários mais incertos.
Por isso, hoje vamos lhe explicar o que é volatilidade de um investimento, como ela afeta diferentes tipos de ativos, a relação com o risco e as melhores práticas para investir com tranquilidade. Aproveite a leitura!
O que é volatilidade em investimentos?
A volatilidade nos investimentos mede a intensidade e a frequência das oscilações no preço de um ativo. Quanto maior a variação, mais volátil é o investimento. Isso pode acontecer com ações, fundos imobiliários, criptomoedas e até mesmo em títulos de renda fixa, principalmente quando negociados antes do vencimento.
É comum associar alta volatilidade a risco, já que ativos instáveis podem, sim, gerar perdas repentinas. No entanto, a flutuação também pode significar oportunidades, pois possibilita a compra de ativos nos momentos de queda e a venda quando se valorizam.
A volatilidade pode ser medida por indicadores como o desvio-padrão e o índice beta. Ela reflete fatores econômicos, políticos, sociais e até eventos inesperados, como crises financeiras. Compreender essa dinâmica ajuda a tomar decisões mais seguras no mercado.
Quais são os tipos de volatilidade?
A volatilidade pode ser classificada de diferentes formas, dependendo da forma como é mensurada e analisada. Conheça os principais tipos abaixo.
Volatilidade histórica
A volatilidade histórica mede as oscilações passadas de um ativo. Ela é calculada com base nos preços registrados ao longo de um período, como um ano. Se um ativo teve grandes variações de preço nesse intervalo, ele é considerado volátil.
Para entender melhor, imagine uma ação que começou o ano valendo R$ 10,00, chegou a R$ 15,00 no meio do período e caiu para R$ 8,00 no final. A amplitude de preço indica alta volatilidade. Essa métrica é usada pelos investidores para prever possíveis oscilações e ajustar suas estratégias.
Volatilidade implícita
A volatilidade implícita estima a variação futura dos preços de um ativo com base no comportamento do mercado. Ela é muito usada em opções e contratos futuros, visto que reflete a expectativa dos investidores sobre a volatilidade.
Se há incerteza política ou uma grande decisão econômica a caminho, a volatilidade implícita tende a subir, porque o mercado prevê oscilações maiores. O preço dos ativos pode ser influenciado antes mesmo de que mudanças concretas aconteçam.
Volatilidade real
A volatilidade real é a variação efetiva do preço de um ativo no presente. Enquanto a volatilidade histórica analisa dados passados e a implícita faz projeções, a volatilidade real mede o que está acontecendo no momento.
Se uma ação sobe e desce constantemente ao longo do dia, sua volatilidade real é alta. Esse dado é essencial para traders, que operam no curto prazo e precisam compreender a intensidade das oscilações para definir estratégias de compra e venda.
Qual a relação entre risco e volatilidade?
A volatilidade está diretamente ligada ao risco nos investimentos. Quanto maior a volatilidade de um ativo, maior a incerteza sobre seu retorno. No entanto, risco e volatilidade não são sinônimos.
A volatilidade indica apenas a oscilação do preço, mas o risco depende do contexto. Uma empresa consolidada da bolsa pode ter momentos de alta volatilidade sem representar um grande risco, enquanto uma Small Cap pode ser estável, mas ter um alto risco de falência.
O segredo para lidar com a volatilidade é entender quais riscos ela envolve e como minimizar os impactos negativos. Diversificação, estudo do mercado e uma estratégia bem definida ajudam a equilibrar os riscos e as oportunidades.
3 riscos associados à volatilidade
A volatilidade nem sempre é um problema, mas alguns riscos exigem atenção para evitar prejuízos desnecessários. Veja três tipos de volatilidade que recaem sobre as cotações, entenda de que forma afetam seus investimentos e como lidar.
Volatilidade da cotação
Esse tipo de volatilidade ocorre quando o preço de um ativo apresenta oscilações constantes, influenciado por fatores como oferta e demanda, mudanças na economia ou eventos inesperados.
O dólar pode disparar após um anúncio político e recuar no dia seguinte, por exemplo. Para quem investe no longo prazo, essas variações pontuais tendem a ter pouco impacto. Já para traders e especuladores, que operam no curto prazo, as oscilações representam oportunidades de ganho e risco.
Volatilidade da rentabilidade
Aqui, a inconstância não está apenas no preço do ativo, mas também nos rendimentos gerados por ele. A variação acontece principalmente em investimentos ligados a fatores externos.
Em um fundo imobiliário, o rendimento pode ser alto em um mês e menor no seguinte, dependendo da ocupação dos imóveis ou da taxa de juros do mercado. A imprevisibilidade impacta investidores que dependem da renda periódica desses ativos.
Volatilidade do emissor do título ou ação
Esse risco está relacionado à estabilidade financeira da empresa ou instituição que emitiu o ativo. Mesmo investimentos considerados seguros podem ser afetados caso o emissor enfrente dificuldades.
Quando uma empresa com ações negociadas em bolsa passa por problemas financeiros, suas ações podem despencar rapidamente, mesmo que antes fossem estáveis. O mesmo ocorre com títulos de crédito privado, como debêntures: se a empresa emissora tiver dificuldades para honrar seus compromissos, o investidor pode ter prejuízo.
Para minimizar esse risco, é essencial analisar a saúde financeira da empresa antes de investir e diversificar sua carteira para reduzir a exposição a um único emissor.
O que é um mercado volátil?
Um mercado volátil é aquele em que os preços dos ativos financeiros sofrem oscilações frequentes e significativas. Essas variações podem ser causadas por fatores econômicos, mudanças políticas, crises financeiras ou eventos globais inesperados.
Em momentos de alta volatilidade, o medo e a incerteza fazem com que muitos investidores tomem decisões impulsivas, aumentando ainda mais as oscilações no mercado.
Um exemplo marcante de volatilidade aconteceu em março de 2020, no início da pandemia de Covid-19. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, acumulou uma queda de 30% apenas naquele mês, enquanto o dólar subiu 16%.
O medo de uma recessão global fez com que os investidores saíssem em massa do mercado de ações, derrubando os preços.
No entanto, quem soube identificar oportunidades e comprou ações no pior momento da crise obteve retornos de até 466% no mesmo ano. Papéis de empresas que despencaram com o pânico inicial valorizaram fortemente nos meses seguintes, acompanhando a recuperação do mercado.
Esse exemplo mostra perfeitamente como um mercado volátil pode gerar riscos elevados, mas também abrir caminhos para ganhos expressivos. E quem está bem preparado consegue analisar o cenário com calma e adotar a estratégia certa para transformar momentos de incerteza em excelentes oportunidades de crescimento.
Mas, afinal, o que é um investimento volátil?
Um investimento volátil é aquele cujo preço sofre grandes oscilações em curtos períodos, impulsionadas por fatores como oferta e demanda, decisões econômicas, eventos globais ou especulação do mercado.
Ativos como criptomoedas, ações de Small Caps e commodities são conhecidos pela sua alta volatilidade. O Bitcoin, por exemplo, frequentemente apresenta oscilações expressivas em questão de horas ou de dias.
Para ter uma ideia, um levantamento recente da CoinDesk revelou que, em 2025, as terças-feiras foram os dias mais voláteis para o Bitcoin, com variações de preço acima da média semanal. Esse comportamento reforça a imprevisibilidade do mercado cripto e a necessidade de ter estratégias bem definidas para operar nesses ativos.
O que interfere na volatilidade?
A volatilidade dos investimentos não acontece por acaso. Ela é resultado de diversos fatores que afetam a economia e o mercado financeiro. Entre os principais motivos, estão:
- Cenário econômico: períodos de recessão, crescimento do PIB e variações na inflação impactam diretamente a confiança do mercado;
- Política e regulamentos: mudanças no governo, novas leis ou decisões sobre impostos e tributações afetam setores inteiros da economia. Um anúncio inesperado pode fazer o mercado subir ou despencar em questão de horas;
- Taxas de juros: quando os juros sobem, investimentos de renda fixa se tornam mais atraentes enquanto o interesse por ativos de renda variável cai. O contrário também acontece: juros mais baixos incentivam a busca por investimentos mais arrojados;
- Liquidez do ativo: ativos com pouca liquidez, ou seja, com menor volume de negociação, tendem a apresentar maior volatilidade. Se há poucos compradores e vendedores, qualquer negociação causa oscilações expressivas nos preços;
- Eventos inesperados: crises sanitárias, conflitos geopolíticos, falências de grandes empresas ou qualquer acontecimento fora do controle dos agentes de mercado geram incerteza e desencadeiam fortes movimentos de compra e venda.
Cada um desses fatores contribui para tornar os mercados financeiros mais ou menos voláteis. Por isso, acompanhar essas variáveis é indispensável para tomar decisões estratégicas e reduzir riscos ao investir.
É possível medir a volatilidade?
Sim! A volatilidade pode ser medida por diferentes métricas para entender o nível de risco de um ativo e como ele se comporta em relação ao mercado. Os indicadores permitem avaliar a intensidade das oscilações e auxiliam na tomada de decisões.
Um dos principais índices usados para medir a volatilidade é o índice beta. Ele compara a variação do preço de um ativo com a do mercado como um todo.
A fórmula usada é:
βp = Covariância (rp, rb) / Variância (rb)
Onde:
- βp = Beta, que representa a volatilidade do ativo em relação ao mercado;
- rp = retorno do ativo analisado;
- rb = retorno do mercado de referência (como o Ibovespa, no caso de ações brasileiras).
A covariância indica se o ativo e o mercado se movimentam juntos ou de forma oposta, enquanto a variância mostra o nível de volatilidade do mercado como um todo. Quando dividimos os dois valores, é possível verificar se o ativo é mais volátil, menos volátil ou acompanha o mercado.
Se o ativo tem beta maior que 1, ele é mais volátil do que o mercado, ou seja, suas oscilações tendem a ser mais intensas. Já um ativo com beta menor que 1 apresenta variações menos acentuadas, indicando maior estabilidade.
Outro indicador importante é o VIX, conhecido como “índice do medo”. Ele mede a expectativa de volatilidade do mercado americano com base nos preços das opções do S&P 500, principal índice de ações dos Estados Unidos.
Se o VIX está alto, os investidores esperam mais incerteza e oscilações no mercado. Se ele está baixo, indica um período de maior estabilidade. Como a economia global está interligada, a variação do VIX impacta diversos mercados ao redor do mundo, incluindo a bolsa brasileira.
Volatilidade é sempre ruim?
Definitivamente, não! Embora a volatilidade aumente os riscos, ela também abre portas para grandes oportunidades. Dependendo da estratégia adotada, as oscilações do mercado podem ser usadas a favor do investidor.
No day trade e swing trade, por exemplo, traders aproveitam movimentos rápidos de preço para comprar e vender ativos em curtos períodos, buscando ganhos imediatos.
Já no buy and hold, a volatilidade é interessante, visto que uma oscilação de curto prazo – que não afeta os fundamentos de boas empresas – é o momento perfeito para fazer compras para esse tipo de estratégia. É como diz um ditado do mercado: “compre ao som de canhões e venda ao som de violinos”.
Ou seja, a volatilidade não é necessariamente um problema, tudo depende da estratégia adotada e do perfil de cada investidor.
Como enfrentar a volatilidade dos investimentos?
Agora que você já sabe que a volatilidade faz parte do mercado financeiro e não pode ser eliminada, vamos explicar como não se tornar vulnerável às oscilações bruscas.
Com uma estratégia bem estruturada, você minimiza riscos e transforma as variações em aliadas para alcançar ótimos retornos.
Veja como algumas medidas simples ajudam a proteger o seu patrimônio e trazem mais tranquilidade para as suas decisões!
Diversifique sua carteira
Uma das formas mais eficazes de enfrentar a volatilidade é diversificar a sua carteira de investimentos, distribuindo seus recursos entre diferentes tipos de ativos, como renda fixa, ações, fundos imobiliários e até investimentos internacionais.
Dessa forma, se um ativo passar por uma queda expressiva, os outros compensam as perdas, ajudando a manter o equilíbrio do portfólio.
Com uma combinação de aplicações, você reduz a dependência de apenas um único mercado e passa por períodos de instabilidade com mais tranquilidade.
Preserve parte do seu patrimônio em investimentos de menor risco
Por mais que a renda variável tenha grande potencial de valorização, manter uma parte do patrimônio em investimentos mais estáveis é essencial para proteger seus recursos em momentos de incerteza.
Sua reserva pode ser composta por ativos de baixo risco, como CDBs de liquidez diária, Tesouro Selic e fundos de renda fixa, garantindo capital disponível caso você precise lidar com imprevistos ou aproveitar boas oportunidades no mercado.
Respeite seu perfil de investidor
Cada investidor lida com o risco e a volatilidade de maneira diferente. Enquanto alguns buscam oportunidades em oscilações diárias para potencializar ganhos, outros preferem a tranquilidade de investimentos mais estáveis, focados no longo prazo. O importante é encontrar um equilíbrio que faça sentido para você.
Por isso, conhecer seu perfil de investidor é essencial para evitar decisões impulsivas e garantir que seus investimentos estejam alinhados aos seus objetivos financeiros.
Com a estratégia certa, você constrói um portfólio sólido, equilibrando segurança e rentabilidade de acordo com a sua tolerância ao risco.
No PagBank, você tem acesso a uma grande variedade de investimentos, desde renda fixa, para quem busca previsibilidade, até fundos e ações, para quem deseja maior valorização.
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