Veja como driblar a alta do dólar e fazer seu dinheiro render com segurança

Resumo do texto

  • O dólar não para de subir, e muita gente fica com o pé atrás de investir nesse momento;
  • A alta do dólar mexe em muitas coisas na nossa economia, mas, será que ele altera todos os investimentos;
  • Descubra como acontece a alta do dólar, quais investimentos são afetados e o que você pode fazer para aplicar sua grana com segurança.

 

Quem acompanha as notícias sobre a economia do Brasil e do mundo com certeza percebeu que já faz algum tempo que o dólar não para de subir.

Até maio deste ano, a moeda americana já tinha registrado uma alta acumulada de 45%, ultrapassando cinco reais e atingindo a marca de seis reais para um dólar — algo que ninguém estava esperando, nem mesmo a equipe econômica do Governo.

Essa variação no câmbio, com altas e quedas, é algo comum na economia, e, é claro traz certos impactos para a balança econômica, afetando importações, exportações e também alguns tipos de produtos do mercado financeiro.

Diante deste cenário de alta do dólar, muitas pessoas questionam se esse é o momento ideal para investir, afinal, o mercado financeiro tem mesmo uma relação muito forte com o dólar. Por isso, no post de hoje, nós vamos falar sobre alguns pontos muito importantes que você deve saber para investir com sucesso neste período de alta.

Confira as nossas dicas, conheça os investimentos que são impactados pelo dólar e quais as opções mais seguras para começar a investir agora mesmo.

Como funciona a cotação do dólar?

Bom, se você quer entender qual a relação do dólar com os investimentos, então, vamos começar falando um pouco sobre a variação da moeda norte-americana.

A taxa de câmbio é calculada com base nas economias dos países, e essa taxa varia porque é conduzida por muitos fatores, inclusive decisões políticas e econômicas. Dentre os fatores que impactam na cotação do dólar, se destacam:

Taxa de juros

As taxas de juros adotadas pelos países mexem com a cotação do dólar. Se a taxa de juros por aqui aumenta, o Brasil se torna um alvo atraente para os investimentos vindos de fora, já que o dinheiro rende mais. Porém, se a taxa de juros nos EUA sobe, aplicar dinheiro no Brasil não se torna vantajoso, assim, com menos investimentos estrangeiros, cai a quantidade de dólar em circulação no país e o preço da moeda sobe.

Turismo internacional

Imagine o seguinte: se muitas pessoas estão em busca de dólar para viajar, a demanda sobe, então, o preço também aumenta. Se acontece o contrário, ou seja, se são os turistas que vêm para o Brasil, então, a quantidade de dólares disponíveis sobe e o preço cai.

Superávit e déficit comercial

A balança comercial analisa a quantidade de importações e exportações feitas no Brasil. Se a gente vende para fora mais do que compra, a quantidade de dólar por aqui aumenta e o preço cai. Porém, se comprarmos mais do que vendemos para fora, o efeito é o contrário e o preço do dólar sobe.

Mudanças políticas e crises financeiras

Quando um país passa por uma crise, o mercado é mais instável e isso gera desinteresse por parte dos investimentos vindos de fora, o que faz com que o dólar suba. A mesma coisa acontece com decisões políticas que são, digamos, polêmicas.

Um bom exemplo é o que aconteceu na Bolívia com as estatizações das empresas que exploravam o gás natural lá em 2006. Quando o governo anunciou que ia estatizar uma unidade da Petrobrás, outros gigantes do setor trataram de tirar seu dinheiro da Bolívia o mais rápido possível, com isso, o dólar foi parar na alturas lá no país vizinho.

Que tipo de investimento sente mais impacto do dólar?

Alguns tipos de investimentos sofrem um impacto direto na alta do dólar. O exemplo mais simples é para quem investe na própria moeda. Se você comprou 100 dólares em 2016 e quer vendê-lo agora, pode se preparar para ter um bom lucro.

Porém, não é só quem investe na moeda que sente essa variação no bolso. Existem outros investimentos que tem o dólar como um termômetro importante, são eles:

  1. Ações de empresas que possuem parte da receita em dólar (ou seja, que tem operações fora do Brasil e geram grana em dólar);
  2. Contratos de dólar futuro, que são como contratos de compra e venda da moeda com preços definidos. No vencimento do contrato, o comprador recebe a rentabilidade, caso ela existe (sim, é um investimento de risco);
  3. Fundos cambiais investem em ativos que buscam capturar as oscilações do câmbio. Assim, quando há queda do dólar, o fundo perde rentabilidade. E quando há alta do dólar, o fundo apresenta remuneração positiva.

Então, se você investe em um desses três investimentos, a verdade é uma só: o dólar alto é uma grande vantagem para você, ainda mais se você aplicou antes da alta, porém, caso o preço do dólar comece a cair, você vai perder dinheiro.

A moeda norte-americana está cara, é verdade, e o valor está sempre subindo um degrau a mais. Porém, como mostramos ali em cima, a taxa de câmbio muda muito e vários fatores mexem com ela. Sendo assim, caso a cotação do dólar caia, você pode perder uma grana considerável, ainda mais se concentrar seus investimentos nesse tipo de aplicação.

Renda fixa: investimentos para não se preocupar com o valor do dólar

O momento pode não ser bom para fazer investimentos que têm seu preço baseado no dólar, já que o valor está alto. Mas isso não significa que você precisa adiar os planos de se tornar um investidor, basta escolher as opções certas.

Para sofrer menos os efeitos da variação de câmbio e não se preocupar tanto com mudanças na economia, o ideal é apostar na renda fixa.

Como vimos, a taxa de câmbio, inflação e juros estão sempre relacionadas. E o dólar em alta pode significar juros baixos e inflação crescente, esses fatores diminuem a rentabilidade da renda fixa. Mesmo assim, o impacto não é direto e consegue ser calculado, o que faz com que a renda fixa siga como uma opção de investimento segura.

As aplicações de renda fixa usam como base para os rendimentos a taxa DI (o famoso CDI), que são calculados pela compra e venda de títulos entre os bancos para captar dinheiro. A remuneração da taxa DI é um reflexo da taxa Selic, definida pelo Banco Central. Enquanto a Selic está atualmente em 13,75% ao ano, o CDI está em 13,65% ao ano. 

Isso significa que os investimentos de renda fixa não sofrem uma alteração direta do dólar, esteja ele em alta ou não. Então, fica evidente que esse é o melhor caminho para quem quer investir com tranquilidade, sem precisar ficar lendo e ouvindo horas e horas de notícias sobre a economia.

Dólar alto não é motivo para deixar de investir!

Agora que você entendeu como o valor do dólar se relaciona com o universo dos investimentos, é importante que você entenda que a cotação não é o suficiente para tomar decisões e aplicar sua grana.

Talvez seja melhor fugir dos investimentos que envolvam a moeda, a fim de evitar perdas ou para não pagar caro em produtos que podem sofrer desvalorização, e seguir para a renda fixa, onde tudo é mais tranquilo e, ao mesmo tempo, rentável.

Então, que tal dar o primeiro passo e começar a aplicar na renda fixa? Conheça todas as opções do PagBank para você começar a investir agora mesmo.

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