Resumo do texto
- Entenda o que significa amortização;
- Conheça os diferentes tipos;
- Descubra como escolher a melhor opção para quitar suas dívidas.
Por maior que seja o seu nível de organização financeira, é essencial compreender como sanar suas dívidas. Uma maneira de fazer isso é por meio da amortização.
Existem diferentes tipos de amortização, e descobrir qual é a melhor opção para quitar seus débitos, vai te ajudar a tomar decisões financeiras mais informadas.
Entenda como calcular a amortização e quite suas dívidas!
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O que é amortização?
A amortização é o processo de quitação de uma dívida por meio de pagamentos regulares. Também pode se referir à antecipação de valores devidos, diminuindo o prazo de pagamento ou o total devido.
Vamos supor que você fez um empréstimo no banco e paga a mensalidade de acordo com o programado, dessa forma sua dívida não está sendo amortizada. Isso só ocorreria se houvesse a decisão de quitar uma quantia maior do que a parcela do mês.
Antes de amortizar um financiamento ou outra dívida, é importante planejar cuidadosamente. Cada prestação é composta pelo valor principal mais os juros, e você precisará garantir o pagamento com periodicidade.
Afinal, não adianta amortizar uma parcela em um mês e descobrir que não consegue arcar com a próxima prestação.
Como funciona a amortização?
Para compreender melhor como ela funciona, é importante analisar alguns elementos-chave envolvidos:
- Valor principal: trata-se do montante que você deve, seja o valor emprestado, o saldo devedor de um financiamento ou outra forma de dívida;
- Taxa de juros: corresponde à porcentagem aplicada sobre o saldo devedor, determinando os juros a serem pagos ao longo do tempo;
- Saldo devedor: é o valor total do empréstimo ou financiamento, incluindo os juros acumulados;
- Prestações: são os pagamentos mensais realizados. Cada parcela é composta por uma parte do valor principal e uma parte dos juros.
De forma geral, no processo de amortização, as prestações da dívida são adiantadas, e à medida que os pagamentos são efetuados, a proporção destinada aos juros vai diminuindo. Isso ocorre porque, como mencionado, a taxa de juros é calculada com base no saldo devedor.
Conheça os principais tipos de amortização do mercado
Existem diferentes sistemas de amortização e cada um tem suas próprias regras. Aqui, vamos falar sobre os seis tipos principais.
Tabela Price
No Sistema de Amortização Price ou Tabela Price, o valor das parcelas é fixo durante todo o período do pagamento. O que muda é a proporção entre juros e valor principal.
Funciona assim: no começo, a maior parte do pagamento é destinada aos juros, mas, com o tempo, vai diminuindo. Por outro lado, a parcela referente ao valor principal começa menor, mas aumenta progressivamente à medida que as prestações são pagas.
Sistema de Amortização Constante (SAC)
O SAC é a modalidade mais comum para financiamentos. Nele, o valor principal é o mesmo durante todo o contrato, enquanto os juros são cobrados de forma decrescente. Como os encargos financeiros mais altos são pagos logo no início, o valor das prestações diminui com o tempo.
Sistema de Amortização Misto (SAM)
Esse sistema combina características do SAC e da Tabela Price. Para saber o valor das prestações no SAM, é preciso somar quanto seriam as parcelas pelo SAC e pela Tabela Price e, depois, dividir o resultado por dois.
Com o tempo, o valor final dos encargos é reduzido, porém, as parcelas tendem a ficar mais caras.
Sistema Alemão
Nessa modalidade, os juros são pagos antecipadamente em prestações iguais, exceto a primeira, que corresponde aos custos financeiros do empréstimo ou financiamento.
Aqui, a taxa de juros é decrescente, assim, o valor final das parcelas diminui gradativamente.
Modelo Bullet
Esse modelo consiste em um único pagamento, ao final do contrato, do valor da dívida inicial mais os juros. A vantagem desse tipo de amortização é que nos primeiros meses não é preciso pagar nada.
No entanto, diferente de outros sistemas, no Modelo Bullet, o valor dos juros aumenta com o tempo.
Modelo Americano
No SAA, as mensalidades correspondem apenas aos juros. O valor principal da dívida é pago em uma única parcela ao final do contrato.
Como calcular a amortização de dívidas?
O sistema de amortização de dívidas mais comum é a Tabela Price, então, vamos explicar o cálculo baseado nela.
- Calcule a taxa de juros periódica;
- Determina a quantidade total de pagamentos a serem feitos durante o período do empréstimo;
- Calcule a prestação periódica utilizando a fórmula da Tabela Price, que é:
P = PV x [(1+i)n x i/(1+i)n -1]
Sendo que: P = prestação; PV = presente valor; n = número de parcelas; i = taxa de juros;
4. Calcule a parcela dos juros multiplicando o saldo devedor restante pelo valor da taxa periódica a cada período;
5. Calcule a amortização periódica, subtraindo a parcela de juros da prestação total;
6. Obtenha o novo saldo devedor, subtraindo a amortização periódica do saldo devedor anterior;
7. Repita os passos 4, 5 e 6 para cada período restante até atingir o número total de períodos definidos.
É importante ressaltar que cada sistema de amortização tem cálculos específicos.
Como escolher o melhor sistema de amortização?
A escolha do melhor sistema de amortização depende de diversos fatores, como condições financeiras, capacidade de pagamento, preferências pessoais, etc. Para decidir qual sistema é o melhor para o seu caso, você pode se perguntar:
- Qual é o prazo do contrato?
- Ele se adequa ao meu atual orçamento?
- Eu entendi como funciona o sistema que estou considerando usar?
- Qual sistema tem menos impacto nas minhas finanças?
- Qual é minha situação financeira atualmente?
Responder a essas perguntas vai te ajudar a escolher uma modalidade que se adeque às suas condições de pagamento e não prejudique seu orçamento.
Outra dica é entrar em contato com a instituição para saber quais são as opções de sistemas de amortização disponíveis e se é possível conseguir descontos concedidos ao antecipar parcelas.
É possível utilizar o FGTS para amortizar dívidas?
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço pode ser usado para amortizar um financiamento imobiliário de maneira integral ou parcial. Assim, é possível reduzir o valor das prestações ou o tempo de pagamento.
O FGTS também pode ser usado para dar entrada no imóvel. Para isso, é preciso seguir algumas condições:
- Ter, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime CLT;
- Ter saldo disponível;
- Não ter nenhum financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
- Não ter imóvel localizado no município ou região onde pretende comprar a propriedade.
Porém, cada instituição financeira tem suas próprias condições para a liquidação de débitos.
Amortizar ou investir: tire essa dúvida comum
Além de afetar seu orçamento, antecipar o pagamento de parcelas pode consumir o dinheiro que seria usado para fazer investimentos.
No entanto, saiba que não é necessário escolher entre uma opção ou outra. Você pode investir o dinheiro e, após um período, utilizar os rendimentos para amortizar uma quantia maior da dívida.
Uma maneira de decidir entre as opções de amortizar ou investir, é subtrair o Custo Efetivo Total (CET) da dívida da rentabilidade líquida da aplicação. Se o resultado desta conta for:
- Positivo: é melhor amortizar a dívida. Isso porque você pagaria mais juros do que receberia de retorno com o investimento.
- Negativo: o investimento está rendendo mais do que você paga de juros. Nesse caso, daria para pagar a parcela e ainda sobraria dinheiro.
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