O que é IGP-M e como ele influencia os seus investimentos?

Resumo do texto

  • O IGP-M é um importante indicador da nossa economia;
  • Ele é um índice que analisa a inflação e a elevação nos preços em diferentes segmentos da nossa economia;
  • Descubra como funciona o IGP-M, como ele é calculado e qual é a relação desse índice com os investimentos financeiros.

 

O IGP-M é um indicador econômico que tem como principal função nortear ajustes de valores de mercadorias e serviços em diversos setores da economia. O objetivo é fazer com que esses setores alinhem suas tabelas de preço tendo como base a inflação (o aumento dos preços).

Além de servir como um indicador bem amplo da inflação, o IGP-M é utilizado como base para reajustes em contratos de aluguel, tarifas públicas, planos de saúde e até seguros de vida. Quando o IGP-M sobe, as coisas ficam mais caras, com isso, há desvalorização do dinheiro, já que os rendimentos (como seu salário, por exemplo) não são corrigidos de acordo com a inflação mês a mês.

Além de balizar ajustes de valores, o IGP-M também mexe com a rentabilidade de investimentos, portanto, quem aplica seu dinheiro precisa entender quais são os impactos do IGP-M para economia e o mercado financeiro.

Aproveite este artigo para entender de uma vez por todas o que é o IGP-M e como ele impacta a economia nacional, e, por consequência, o seu bolso e seus investimentos.

o que é igp-m

O que é IGP-M?

A sigla se refere ao Índice Geral de Preços do Mercado. Trata-se de uma métrica calculada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que registra a inflação dos preços de uma forma bem completa, ou seja, analisa desde o valor de matérias-primas até bens e serviços.

O IGP-M é medido todos os meses pois ele tem a função de indicar para diversos setores da economia se é necessário alterar preços de seus produtos e serviços para que os valores sejam alinhados com o mercado, tendo como base a inflação.

Na verdade, não é só a inflação que entra no cálculo do IGP-M. O valor do índice é composto pela média de 3 índices, sendo que cada um deles tem um peso diferente na conta. Veja quais são os índices e qual é seu peso dentro do cálculo do IGP-M:

  1. IPA – Índice de Preços ao Produtor Amplo (60%);
  2. IPC – Índice de Preços ao Consumidor (30%);
  3. INCC – Índice Nacional de Custo de Construção (10%).

O IPA leva em consideração a evolução dos preços no setor atacadista. Entram aqui os valores de matérias-primas agrícolas e industriais e também produtos intermediários (como são as dobradiças para uma indústria que fabrica portas ou a tinta das impressoras para uma empresa gráfica) e de uso final.

O IPC avalia o poder de compra do consumidor com base na variação de preços de um conjunto de bens e serviços. Já o INCC mede a variação dos custos da matéria-prima, mão de obra, tecnologias e serviços que são envolvidas na construção civil.

Considerando esses 3 índices, cada um com seu peso dentro do cálculo, chegamos ao IGP-M.

Qual é a importância do IGP-M para economia?

Como você pôde ver, o IGP-M não foca apenas no consumidor final, portanto, ele é considerado um indicador macroeconômico. O índice é bastante abrangente, sendo usado tanto pela indústria quanto por investidores para analisar a temperatura da economia nacional.

Quando o índice sobe, as coisas se tornam mais caras. Por consequência, há uma desvalorização do dinheiro, uma vez que os rendimentos (como seu salário, por exemplo)  não sofrem correções todos os meses tendo como base a inflação.

E não se esqueça que o IGP-M também afeta reajustes de contratos de locação, tarifas cobradas por setores públicos, a mensalidade dos planos de saúde e até o valor para contratação de um seguro de vida.

Qual a relação entre IGP-M e IPCA?

IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, e é considerado por muitos o “índice oficial da inflação”. O IPCA oscila menos do que o IGP-M e aponta com mais precisão quanto o dinheiro valorizou ou desvalorizou.

A relação, na verdade, está no fato de que ambos medem a inflação, porém, com grandes diferenças. Enquanto o IPCA é mais focado no consumidor, o IGP-M é mais abrangente e analisa o mercado como um todo (por isso, inclusive, varia mais que o IPCA).

Vale ressaltar que o IGP-M é muito utilizado no mercado imobiliário, tanto para reajustes de aluguéis quanto para quem investe em imóveis. Enquanto isso, o IPCA é o índice oficial utilizado pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) para ajustar a taxa básica de juros no Brasil (Selic).

Geralmente, quando o IPCA supera a expectativa (ou seja, a inflação está muito elevada), o COPOM aumenta a taxa de juros (Selic) para desestimular o consumo, forçando uma queda da inflação.

Caso o Governo sinta que é preciso movimentar a economia é feita a redução da taxa Selic. Com juros menores fica mais fácil fazer um empréstimo ou um financiamento, o que incentiva o consumo.

Diante disso, fica evidente a importância e a relação direta entre o IGP-M, IPCA e Selic.

Como acompanhar o IGP-M?

Felizmente, as informações do IGP-M não são um tesouro guardado a sete chaves. Na verdade, é relativamente fácil encontrar informações sobre ele na internet, porém, vamos deixar 3 bons atalhos para você aqui:

  1. Vale muito a pena seguir o portal de índices econômicos do UOL para acompanhar o IGP-M e também outros indicadores importantes, como taxa de câmbio e o desempenho da Bolsa de Valores;
  2. Outra fonte bastante confiável é a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais);
  3. E, por último, a FGV, que é a responsável pelo cálculo do índice.

Acompanhando esses 3 portais você consegue todas as informações sobre a inflação — tanto IGP-M quanto IPCA — e fica inteirado sobre os valores do índice dia a dia.

Como o IGP-M impacta os investimentos?

O IGP-M  é um índice que auxilia os investidores que buscam, principalmente, a proteção do seu poder de compra. Digamos que você tem uma aplicação que rende 6% ao ano e o IGP-M deste ano ficou em 4%. Isso significa que — sem fazer os cálculos de impostos e taxas — sua rentabilidade real foi de aproximadamente 2%. O restante do seu “lucro” serviu apenas para reposição inflacionária.”

Na hora de fazer investimentos — e aqui você inclui até investimentos imobiliários — é indispensável analisar a inflação, as projeções dos especialistas e o atual índice para evitar aplicações em produtos que vão render igual ou até menos que a inflação do período.

Diante desse cenário, é importante pensar se vale a pena seguir com dinheiro na poupança. Isso acontece porque a taxa IGP-M para 2020 é de 4%, enquanto a poupança está rendendo apenas 1,4% ao ano. É a famosa valorização negativa, incapaz de devolver ao seu dinheiro a correção monetária — ou seja, nesse período, você obteve os rendimentos da poupança, mas houve uma perda significativa no seu poder de compra, decorrente do aumento do IGP-M.

Além desse movimento de precaução envolvendo a poupança, é recomendado que o investidor fique atento a alguns detalhes das suas aplicações:

  1. O primeiro quesito é o rendimento bruto nominal. Ele apresenta o valor que você ganhou com seu ativo (sem descontar o imposto e a inflação);
  2. Em seguida, é importante saber o rendimento líquido nominal — que é o que sobra após descontar os impostos;
  3. Por fim, o rendimento líquido real, que engloba os impostos e também o desconto da inflação do período. É este rendimento que vai dizer quanto, de fato, você vai ganhar com uma aplicação.

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