Aprenda a calcular o rendimento das ações e valorize sua carteira de investimentos!

Se você investe em ações e busca por maior rendimento, precisa entender como alguns cálculos são feitos. E mesmo que você não seja experiente, pode aprofundar seus conhecimentos e entender o que acontece com seu dinheiro.

Saber calcular o rendimento das ações, por exemplo, te ajuda a diversificar a carteira e procurar por oportunidades com projeções mais vantajosas e de acordo com os seus objetivos.

Se você já tem ativos no mercado de ações, deve entender como é calculado o rendimento destas aplicações para saber como melhorar e valorizar seu patrimônio!

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Qual a importância de calcular o rendimento das ações?

Investir em renda variável não é só aplicar o dinheiro e esperar para ver o que acontece. Diferente do que alguns investidores acreditam, essa classe de ativos não é uma aposta.

É fato que a volatilidade das ações é afetada por mudanças políticas, econômicas e na gestão das empresas. Porém, acompanhar o rendimento e desempenho dos seus ativos é importante para identificar se:

• Essa ação está valorizando a minha carteira;
• Faz sentido para os meus objetivos;
• Ganhei ou perdi dinheiro.

Para calcular o rendimento das ações é importante considerar dois períodos: o mensal e o anual.

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Conheça os tipos de rentabilidade das ações

Além da cotação e quantidade de papéis, é necessário considerar a natureza do rendimento que você está calculando.

No caso das ações, há três tipos de rentabilidade:

• Nominal
• Real;
• Anual ou Mensal.

Vamos explicar cada um:

Rentabilidade Nominal

A rentabilidade nominal é caracterizada pelo rendimento da sua aplicação sem deduzir inflação, taxas, despesas e até mesmo o Imposto de Renda. Ou seja, é o valor “cru”. Se fizéssemos um paralelo com o salário, seria algo como o salário bruto.

A fórmula para calcular a rentabilidade nominal é: valor resgatado / valor aplicado – 1

Vamos a um exemplo?

Você comprou ações a R$100, manteve-as na sua carteira durante um ano. No momento do resgate, tinha R$120. Nesse caso:

120/100 = 1,20

1,20 – 1 = 0,20 ou 20% ao ano.

Nesse cenário, a sua rentabilidade nominal foi de 20% ao ano. Lembrando que essa porcentagem não desconta nenhuma taxa ou despesa.

Rentabilidade Real

A rentabilidade real deduz a inflação, assim você saberá se esse fator prejudicou os seus investimentos.

A fórmula para calcular a rentabilidade real é um pouco semelhante à nominal, porém antes de subtrair -1 é considerada a inflação e somada a +1.

Então, teríamos a seguinte fórmula: Rentabilidade Real = valor resgatado / valor aplicado (1 + inflação) – 1

Na mesma aplicação e no mesmo período do tópico anterior, mas considerando 5% de inflação nesses 12 meses (ou 0,05), teríamos:

120/100 = 1,20

1,20/ (1+0,05) = 1,1428

1,1428-1= 0,1428 ou 14,28% ao ano

Atenção: Tenha em mente que se a sua rentabilidade ficar abaixo da inflação, o seu rendimento real será negativo.

Rentabilidade Anual e Mensal

A rentabilidade anual e mensal, como os nomes indicam, mensuram os rendimentos das suas ações dentro de 12 meses ou um mês.

Apesar de ambos os períodos serem muito pouco para fazer análises conclusivas sobre a performance de ativos, é importante conhecer as movimentações de curto prazo. Principalmente para saber o momento certo de fazer um balanceamento em outras carteiras, ou até mesmo na renda fixa, por exemplo.

Como calcular o rendimento das ações?

Agora, veja como calcular o rendimento das ações nos períodos anual e mensal. Para isso, considere a mesma fórmula: preço atual / preço na data da compra – 1 x (100).

Aqui, o produto da sua fórmula será o rendimento nominal, já que não estamos considerando a inflação. Caso queira identificar a sua rentabilidade real, basta utilizar o cálculo que explicamos acima.

Avaliar o rendimento das ações, tanto mensal quanto anualmente, permite conhecer os períodos e acontecimentos — macro e micro — que afetaram o preço das ações e da sua rentabilidade.

Porém, é importante considerar que um ano é pouco para tirar conclusões e avaliar a resiliência dos ativos. Isso porque os fatos que acontecem hoje, impactarão no balanço em períodos posteriores.

Agora, veja como fazer.

Rendimento Anual

De uma forma simples, para calcular o rendimento anual das suas ações, considere:

• cotação atual (valor atualizado da ação);
• cotação na data da compra.

Depois, divida esses dois fatores, subtraia por um e multiplique por 100. Na prática, seria:

Suponha que há 12 meses você adquiriu ações de uma empresa a R$50,02. Hoje, a cotação dela está em R$55,74. Assim, temos:

(55,74 / 50,02) – 1 x (100) = 11,43%

Ou seja, essa ação rendeu 11,43% ao ano.

Rendimento Mensal

Para calcular o rendimento mensal da sua ação, o cálculo pode ser o mesmo, mas considerando a cotação no início do mês. Assim, teríamos:

Suponha que há 30 dias adquiriu uma ação a R$50,02. Hoje, a cotação é de R$48,50. Assim, temos:

(48,50 / 50,02) -1 x (100) = – 3,03%

Nesse caso, o ativo desvalorizou em – 3,03% no mês. É importante ressaltar que esses movimentos não são fixos. Ou seja, eles oscilam em momentos diferentes e constantemente.

Por isso que, ao longo dos meses do ano, uma ação pode ter pequenas ou grandes desvalorizações, mas o resultado anual será de valorização.

Qual a rentabilidade de investir na Bolsa de Valores?

Em média, a rentabilidade histórica da Bolsa de Valores é positiva. Em janelas de tempo superiores a 5 anos, por exemplo, a chance de retorno negativo é menor que 10%. Porém, quando olhamos para a performance anual, nem sempre ela será positiva.

Esse é um dos diversos motivos que fazem com que a renda variável seja uma opção de longo prazo e não para períodos curtos (menores que 5 anos).

Estratégias como o buy and hold (comprar ações e ficar com elas por um longo prazo) tendem a ser mais seguras e rentáveis. Sem contar que, se tratando de ações de empresas, ainda há opções que pagam dividendos.

Além disso, nos últimos anos, houve aumento de investidores na Bolsa de Valores. Em 2022, a B3 atingiu o marco de 5 milhões de contas, um crescimento de 30% de investidores em ações.

Porém, ressaltamos a importância de uma carteira diversificada e resiliente às mudanças. Assim, quando um mercado está em queda, você aproveita o momento positivo de outro.

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