Entenda o que é e como funciona a Previdência Privada!

Resumo do texto

  • O que é previdência privada?
  • Entenda a diferença entre os planos disponíveis no mercado;
  • Conheça as vantagens e desvantagens da previdência privada.

 

Em busca de uma aposentadoria mais tranquila, muitas pessoas contratam um plano de previdência privada, uma modalidade de investimento ideal para objetivos de longo prazo.

Segundo uma publicação recente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), os prêmios e contribuições de planos de previdência cresceram 13% no último ano. A pesquisa aponta uma maior adesão dos brasileiros a esse tipo de aplicação.

Mas, antes de investir em previdência privada, é importante saber como ela funciona, quais são os planos disponíveis no mercado e suas vantagens e desvantagens. 

O que é Previdência Privada?

A previdência privada é uma modalidade de investimento na qual as pessoas podem contribuir regularmente (mensal, trimestral, anual, etc) ou com apenas uma única aplicação.  

Nesse tipo de aplicação, o objetivo principal é juntar dinheiro para uma aposentadoria mais tranquila ou outras metas financeiras a longo prazo.

Como funciona a Previdência Privada?

A previdência privada funciona assim: o dinheiro que você aplica pode ser investido em uma variedade de ativos, como ações, títulos públicos e títulos de empresas privadas para gerar rendimentos que ajudem a aumentar o valor do fundo.  

Geralmente, as instituições financeiras disponibilizam em sites um simulador online para simular os prazos e valores. Veja esse exemplo para ter uma ideia:

  • Invista R$ 400 por mês durante 15 anos;
  • E depois receba R$ 750 por mês durante 10 anos.

A previdência privada é diferente do sistema de previdência social, que é financiada pelos impostos e contribuições pagas pelos trabalhadores. 

Conheça os tipos de Plano de Previdência

Previdência Aberta

A previdência aberta é um tipo de plano de previdência privada no qual as pessoas podem aderir livremente, sem precisar trabalhar de carteira assinada ou participar de uma entidade de classe.  

A modalidade é oferecida por bancos, seguradoras e administradoras de recursos, sendo regulamentada pela Superintendência de Seguros Privados – Ministério da Economia.

Previdência Fechada

Também conhecido como fundos de pensão, os planos de previdência fechada normalmente são oferecidos por empresas a seus funcionários. 

Nesse formato, os trabalhadores contribuem com uma parte de seus salários para um fundo de previdência.

Normalmente, o empregador também participa com uma porcentagem para o plano do colaborador, já que isso garante um benefício fiscal para a sua empresa. Ou seja, os dois lados são beneficiados nesse tipo de operação.

O órgão fiscalizador da previdência fechada é a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (EFPC).

Quais são os tipos de Previdência Privada?

Além dos planos “abertos” e “fechados”, a previdência privada pode ser do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) ou Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Confira as características de cada um:

Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)

O VGBL é mais vantajoso para quem declara o Imposto de Renda (IR) pelo formato simplificado ou quer investir mais do que 12% da sua renda bruta anual tributável. Além disso, a cobrança do Imposto de Renda ocorre apenas sobre o valor dos rendimentos.

Veja esse exemplo prático: 

  • Imagine que você contratou um plano VGBL e contribui com R$ 400 por mês;
  • Com o passar dos anos, também é possível aumentar ou diminuir o valor das aplicações a qualquer momento;
  • Por fim, quando você decide retirar todo o valor investido, haverá desconto de IR apenas nos rendimentos gerados das aplicações, sem considerar o valor principal das contribuições.

Ainda tem um outro detalhe importante: o VGBL facilita o planejamento sucessório. Ou seja, é possível determinar quem receberá o dinheiro que sobrar após o falecimento do titular, sem a necessidade de um inventário.

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)

O PGBL é semelhante ao VGBL, porém o Imposto de Renda é descontado sobre o valor total acumulado. Então, se depois de 10 anos o seu plano resultar em R$ 100 mil, haverá tributação sobre o montante final.

Além disso, no formato PGBL é possível abater 12% da renda tributável anual no IR para quem faz a declaração completa.  

Por exemplo:

  • Considere que a sua renda no ano passado foi de R$ 80 mil;
  • Então, você contrata um plano PGBL e investe R$ 800 por mês;
  • Como as contribuições para o PGBL são dedutíveis do Imposto de Renda, você poderá deduzir R$ 9.600 anuais de sua renda tributável;
  • Isso significa que, em vez de pagar imposto sobre R$ 80 mil, o desconto será feito sobre R$ 70.400 (R$ 80.000 – R$ 9.600 = R$ 800).

Nas contribuições longas, o investidor pode escolher a alíquota regressiva de IR, que está na casa dos 10%. E, como ele pode abater 12% da renda tributável, a alíquota cobrada fica ainda menor.

Entenda melhor com a tabela de alíquota regressiva completa:

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Prazo de aplicação Alíquota
Até 2 anos 35%
2 a 4 anos 30%
4 a 6 anos 25%
6 a 8 anos 20%
8 a 10 anos 15%
A partir de 10 anos 10%

Fique ligado: os planos PGBL podem ser utilizados para sucessão, ainda que menos recomendado, pois também não costumam passar por inventário.

Previdência Privada

Afinal, Previdência Privada vale a pena?

A previdência privada é uma modalidade de investimento indicada para quem deseja complementar a renda na aposentadoria e não quer depender totalmente do governo.

No entanto, é importante destacar que a previdência privada não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos.

Sendo assim, antes de contratar um plano de previdência privada, vale a pena conhecer mais sobre a estratégia do fundo, experiência do gestor e também os riscos envolvidos no investimento.

Conheças as vantagens da Previdência Privada

Contratar um bom plano de previdência privada pode ser vantajoso pelos seguintes motivos:

Boa Liquidez

Investimento com boa liquidez é aquele que permite ao investidor resgatar o dinheiro aplicado de forma rápida e sem perda significativa de valor.  

Na previdência privada, você pode solicitar o saque a qualquer momento após o período de carência, que costuma durar 60 dias.

Facilidade na Portabilidade

A portabilidade na previdência permite aos participantes transferir as aplicações de um plano para outro que considerar mais vantajoso. Isso é ideal para quem busca um plano com taxas menores, melhor rentabilidade ou até mesmo com estratégias mais alinhadas ao seu perfil.

O benefício está previsto em lei e você não precisa pagar nada por isso.

Mas, atenção: só é possível solicitar a portabilidade para um plano da mesma natureza, ou seja, sair do VGBL para outro VGBL ou de um PGBL para outro PGBL.

Benefícios fiscais

Tanto os planos de previdência PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) quanto o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) oferecem benefícios fiscais para os contribuintes. Veja um resumo na tabela abaixo:

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Plano PGBL  Plano VGBL 
  • Dedução de 12% da sua renda tributável na declaração anual do IR para quem faz a declaração completa;
  • O IR é descontado apenas sobre o rendimento das aplicações;
  • Não tem come-cotas, que é o pagamento antecipado do IR a cada seis meses;
  • Também não está sujeito ao come-cotas;
  • Caso opte pela tributação regressiva, a alíquota de IR cai para 10% após 10 anos de aplicação;
  • Também tem o benefício de redução de 10%  da alíquota de IR na contribuição regressiva;
  • Geralmente, não sofre cobrança de ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação).
  • Não paga ITCMD .

A diferença mais importante entre os planos é que o VGBL dá o direito de desconto de 12% da sua renda tributável na declaração anual do IR e no PGBL, o Imposto de Renda é descontado apenas sobre o rendimento das aplicações.

Se adequa a todo perfil de investidor

Existem planos de previdência privada para diferentes perfis de investidores. Muitos planos aplicam apenas em ativos de renda fixa como CDBs, títulos do Tesouro direto, etc. Esses são ideais para quem tem o perfil de investidor mais consevador.

Por outro lado, também encontramos planos de previdência mais arrojados que aplicam uma parte considerável dos seus recursos em ações e outros ativos semelhantes.

Confira as desvantagens da Previdência Privada

Todo investimento tem as suas desvantagens e com a previdência privada não seria diferente. Confira:

Taxas

Os planos de previdência privada estão sujeitos a três tipos de taxas:

  • Taxa de administração: referente à gestão do plano contratado;
  • Taxa de carregamento: cobrada mensalmente sobre o valor aplicado e geralmente o desconto não ultrapassa 3% da contribuição;
  • Taxa de saída: apesar de menos frequente, pode haver cobrança de taxa de saída,  quando é solicitado o resgate dos valores aplicados.

Um detalhe importante: os planos atuais não cobram taxas de carregamento e de saída.

Impostos

Diferente da poupança, os planos de previdência privada não são isentos de Imposto de Renda. Nesse sentido, é necessário observar a regras da tributação escolhida:

  • Progressiva: a alíquota varia de acordo com a renda, podendo chegar até 27,5%;
  • Regressiva: o desconto do Imposto de Renda diminui com o tempo de aplicação. Nesse caso, a menor alíquota é de 10%.

Qual é o momento certo para fechar uma Previdência?

O momento certo para contratar um plano de previdência privada depende dos objetivos de cada pessoa. No entanto, precisamos entender que quanto mais cedo contratar um plano de previdência, maior serão os rendimentos das aplicações e, mais fácil será para lidar com imprevistos.

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