Holding familiar: o que é e quais os benefícios?

Uma estratégia interessante para proteger seu patrimônio e manter tudo em família é por meio de uma holding familiar. Esse modelo de negócio proporciona inúmeros benefícios, como facilitar o processo de sucessão e reduzir custos, como impostos e despesas legais.

Mas é claro que para aproveitar as vantagens desse tipo de empresa, é preciso saber como ela funciona.

Descubra o conceito de uma holding familiar e como ela pode se tornar uma solução valiosa para preservar suas propriedades e facilitar a sucessão patrimonial.

O que é uma holding familiar?

Uma holding familiar é uma empresa criada para administrar o patrimônio de uma família.

Nesse modelo, os envolvidos não são os donos dos bens, mas possuem participação na empresa-mãe que, por sua vez, é a proprietária de tudo. Esse tipo de holding pode ser constituída por:

• Imóveis;
• Automóveis;
• Valores mobiliários;
• Contas correntes;
• Investimentos;
• Cotas ou empresas inteiras, entre outros.

Um exemplo deste tipo de holding no Brasil é o Grupo Globo. Controlado pela família Marinho, a empresa-mãe detém várias subsidiárias, como TV Globo e Editora Globo. A família tem o controle acionário de todas essas empresas, gerenciando e coordenando suas operações.

Como as holdings familiares funcionam?

No geral, elas são administradas e cuidadas pelo fundador, que planeja como será a divisão e a gestão do patrimônio.

Famílias muito grandes ou com maior poder aquisitivo costumam contratar profissionais especialistas para gerir os ativos.

Qual é a diferença entre holding patrimonial e familiar?

Uma holding patrimonial é voltada para cuidar do patrimônio de um grupo de pessoas que normalmente não são parentes. Por meio da abertura da empresa, eles se tornam sócios.

Já as familiares são voltadas especificamente para familiares ou descendentes de uma mesma pessoa que podem ter sobrenomes diferentes.

Conheça os tipos de holdings

Quais são as vantagens das holdings familiares?

Sucessão patrimonial

A holding familiar acaba com os conflitos que costumam acontecer durante a divisão de propriedades. Além disso, é possível determinar quais os herdeiros ocuparão cargos importantes na administração, facilitando a transição no caso de sucessão ou morte.

Agilidade

Como o processo de tomada de decisões é limitado a um pequeno grupo, a gestão fica mais eficiente e as respostas às mudanças do mercado são mais rápidas.

Impostos

As alíquotas do imposto de renda, por exemplo, são menores para uma holding familiar do que para uma pessoa física. Também é possível aproveitar benefícios relacionados aos impostos sobre herança e para a transferência de ativos entre membros da família.

Operacionalização

A operação das empresas da família também pode ser beneficiada. A definição de processos reduz os custos e aumenta a eficiência do negócio, o que pode levar a um maior lucro.

Litígio e falência

A divisão de bens é bem definida, assim, os membros já sabem quais são suas cotas. Isso evita que questões como divórcios e litígios afetem os negócios.

Além disso, em caso de falência em uma das subsidiárias, os ativos e o patrimônio familiar são preservados.

Holding familiar: as desvantagens desse formato

Essa configuração de negócio também apresenta alguns pontos fracos. Principalmente se não for estruturada corretamente:

• Finanças: para aproveitar os benefícios fiscais, é preciso fazer um bom planejamento tributário. Caso contrário, pode haver a perda do patrimônio;
• Administração: sem uma definição clara sobre a administração da holding familiar, os resultados podem ser prejudicados. Uma gestão inadequada pode levar a problemas operacionais e comprometer os objetivos da família;
• Legislação: é fundamental consultar especialistas (advogados e contadores) para evitar erros que possam comprometer o patrimônio e garantir conformidade com as leis e regulamentações pertinentes.

Saiba como abrir uma Holding Familiar!

Antes dar início ao processo de abertura desse tipo de empreendimento, é preciso fazer uma análise de fatores como:

• Balanço do patrimônio dos membros da família;
• Regime de casamento dos sócios;
• Dívidas existentes;
• Processos judiciais em curso;
• Negócios e empresas operacionais;
• Conflitos de interesses entre familiares.

Depois disso, os próximos passos são:

1. Definir os sócios e suas funções;
2. Escolher qual será o tipo societário (Sociedade Anônima, Sociedade Simples, EIRELI ou LTDA);
3. Entrar em contato com um advogado/contador para entender e decidir as questões tributárias e societárias.

Em quais ocasiões vale a pena ter uma holding familiar?

Se a ideia é evitar conflitos entre os familiares, esse modelo de empresa pode ser uma boa, pois irá facilitar a sucessão. Principalmente, se o patrimônio da família for significativo.

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