Resumo do texto
- O que são ETFs e como funcionam;
- Descubra os riscos e benefícios da categoria;
- Passo a passo para fazer esse tipo de investimento.
Investir em ETFs se popularizou entre os investidores que buscam diversificar suas carteiras.
Mas o que são esses fundos? Quais são seus riscos, benefícios e como eles se encaixam em sua estratégia de investimento?
Se você quer saber mais sobre essa categoria, este guia responde a todas essas perguntas e muito mais. Saiba agora como otimizar sua carteira com ETFs!
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O que é ETF (Exchange Traded Fund)?
ETF é a sigla para Exchange Traded Fund e pode ser traduzido como fundo de índice, assim como uma ação.
Eles são comprados e vendidos em tempo real, permitindo que os investidores negociem suas cotas durante o horário de funcionamento do mercado. Isso traz maior liquidez e flexibilidade em comparação com fundos tradicionais, que geralmente só aparecem em determinadas plataformas, eventualmente com prazos de liquidação.
O objetivo é replicar o desempenho de um índice específico. Por exemplo, ao investir em um ETF vinculado ao Ibovespa, a meta é refletir sua performance. Isso é feito através da compra dos ativos que compõem o índice em questão.
O investidor que aplica nessa categoria tem exposição a diversos ativos em uma única cota de ETF.
Como funciona um ETF?
Esses fundos são administrados por instituições financeiras encarregadas de adquirir e gerenciar seus ativos. O valor da cota varia durante o dia, influenciado pela oferta e demanda do mercado.
Segundo dados da B3, o volume médio diário negociado de ETFs no Brasil foi de aproximadamente R$200 milhões em 2021.
Investir em um ETF é simples. Tudo o que você precisa é de uma conta no Pagbank e acessar o home broker. A partir daí, é possível comprar e vender cotas exatamente como é feito com ações, inclusive utilizando ordens de stop, limitadas e a mercado. Vale ressaltar que há cobrança de taxa de corretagem e emolumentos.
Conheça os tipos de ETFs
Existem vários tipos de ETFs disponíveis no mercado, cada um com suas próprias características e objetivos de investimento. Abaixo, apresentamos uma tabela para ajudá-lo a entender melhor:
Tipo de ETF | Ativos Subjacentes | Exemplo |
Renda Fixa | Títulos públicos | IMAB11 |
Renda Variável | Ações | BOVA11 |
Commodities | Ouro, petróleo | GOLD11 |
Internacionais | Ações de empresas estrangeiras | IVVB11 |
Setoriais | Ações de um setor específico | SMAL11 |
ETFs de Renda Fixa
Esses ETFs são compostos principalmente por títulos públicos ou privados. Eles são uma opção interessante para investidores que buscam alternativas variadas nos investimentos tradicionais em renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto.
- IMAB11: atrelado à inflação;
- FIXA11: títulos prefixados;
- IRFM11: índice de renda fixa do mercado.
ETFs de Renda Variável
Os ETFs de renda variável são direcionados a investidores que buscam maior rentabilidade e estão dispostos a assumir um maior nível de risco. Esses ETFs são compostos principalmente por ações.
- BOVA11: replica o índice Ibovespa;
- SMAL11: focado em small caps;
- DIVO11: ações com bom histórico de dividendos.
Quais são as principais características de um ETF?
Os ETFs são conhecidos por uma série de características únicas que os tornam atraentes para pessoas que querem diversificar a carteira e otimizar seus investimentos sem ter que fazer a gestão das ações. Conheça algumas:
Diversificação
A diversificação é uma das maiores vantagens dos ETFs. Ao comprar uma única cota de um ETF, você está investindo em uma carteira diversificada de ativos. Isso permite que você minimize os riscos das flutuações de uma empresa ou setor específico.
Por exemplo, se você investe em um ETF que segue o Ibovespa, sua carteira será exposta a todas as empresas que compõem esse índice, que são algumas das mais importantes do Brasil. Isso sem ter que comprar cada ação individualmente, o que seria mais caro e trabalhoso.
Gestão Passiva
Os ETFs são geridos de forma passiva, o que significa que o gestor do fundo replica o desempenho de um determinado índice, ao invés de tentar superá-lo. Isso resulta em menores custos para o investidor, já que as taxas de administração costumam ser baixas.
Além disso, esse tipo de gestão reduz o risco de erro humano, já que o gestor não está tentando “adivinhar” o mercado, mas sim seguir um índice já estabelecido.
Liquidez
A liquidez de um ETF é uma característica crucial que determina quão fácil é comprar ou vender cotas do fundo no mercado. Ela é considerada alta quando há um grande volume de negociações, facilitando a entrada ou saída do investimento.
Os ETFs que replicam índices mais conhecidos, como o Ibovespa, tendem a ter alta liquidez.
Acessibilidade
Geralmente, é possível começar a investir em ETFs com quantias pequenas, o que os torna acessíveis para iniciantes ou pessoas com menos capital disponível.
Como são negociados em bolsa, qualquer investidor pode comprar e vender cotas de ETFs com facilidade, usando plataformas de negociação online.
Quais são as taxas dos ETFs?
Confira nossa tabela comparativa das principais taxas que você pode encontrar ao investir em ETFs:
Tipo de Taxa | Valor Médio (%) | Descrição |
Taxa de Administração | 0,2% – 0,7% (ao ano) | Cobrada pelo gestor do fundo |
Taxa de Emolumentos | 0,03% | Cobrada pela B3 |
Taxa de Corretagem | Variável | Cobrada pela instituição onde está a conta de investimentos |
Tributação | 15% – 22,5% | Imposto de Renda sobre ganhos de capital |
Taxa de administração
Essa taxa é um percentual do valor investido que é cobrado anualmente pelo gestor do ETF para cobrir os custos de gestão do fundo. Ela varia, mas geralmente fica entre 0,2% e 0,7% ao ano. Por exemplo, se você investir R$10.000 em um ETF com taxa de administração de 0,5%, você pagará R$50 por ano para o gestor.
Taxa de emolumentos
Ela é uma pequena taxa de aproximadamente 0,03% do valor negociado, cobrada pela B3 sempre que você realiza uma operação de compra ou venda de cotas de ETF.
Taxa de corretagem
Essa taxa é cobrada pela instituição onde é mantida sua conta de investimentos. Ela pode ser um valor fixo ou um percentual do total negociado e deve ser considerada ao calcular o custo total de suas transações.
Tributação
Os ganhos obtidos com a venda de cotas de ETFs são tributados pelo Imposto de Renda. A alíquota varia de acordo com o tempo que o investimento foi mantido.
A tributação dos ETFs de renda variável é de 15 % sobre o ganho de capital, pois segue a mesma lógica da tributação dos fundos de ações. Porém, o responsável pelo cálculo e recolhimento do IR é o investidor.
Nos ETF de renda fixa, porém, o que define a tributação é o prazo médio da carteira do mesmo. Para eles, o imposto de renda é retido na fonte.
Abaixo, uma tabela para esclarecer:
Tempo de Investimento | Alíquota de IR (%) |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Quais são os riscos dos ETFs?
Investir em ETFs envolve riscos que devem ser considerados cuidadosamente. Por exemplo, se o índice que o ETF replica sofrer uma queda significativa, o valor do seu investimento também cairá.
Além disso, eles estão sujeitos às flutuações do mercado, o que significa que o valor das cotas pode variar rapidamente, podendo resultar em perdas.
- Risco de mercado: dependendo do índice que o ETF acompanha, ele pode ser afetado por fatores macroeconômicos, como taxas de juros e inflação;
- Risco de liquidez: alguns ETFs têm baixa liquidez, o que pode dificultar a compra ou venda rápida das cotas;
- Risco de gestão: embora a maioria dos ETFs seja de gestão passiva, decisões do gestor ainda podem impactar o desempenho;
- Risco cambial: no caso de ETFs que investem em ativos estrangeiros, há o risco associado às variações cambiais;
- Risco fiscal: mudanças na legislação tributária podem afetar a rentabilidade.
ETFs pagam dividendos?
No Brasil, a maioria dos ETFs não distribui dividendos diretamente aos investidores, uma situação que recentemente tem começado a mudar, tendo por exemplo o NDIV11 como ETF distribuidor de dividendos. Em vez disso, eles são automaticamente reinvestidos no próprio fundo, contribuindo para o aumento do valor das cotas.
Entenda a diferença entre ETFs e Fundos de Investimento
ETFs geralmente seguem índices, com gestão passiva, o que significa que não envolvem decisões ativas. Você pode comprá-los e vendê-los na bolsa, como ações.
Por outro lado, Fundos de Investimento frequentemente têm uma gestão ativa, com estratégias para superar índices ou alcançar metas específicas. As cotas dos Fundos não são negociadas na bolsa, mas sim distribuídas através da corretora do PagBank.
Quais as vantagens e desvantagens de diversificar a carteira com ETFs?
Se você quer diversificar a carteira com ETFs, conheça os prós e contras desse tipo de investimento.
Vantagens
Com uma única cota de ETF, você obtém exposição a diversos ativos simultaneamente. Além disso, eles geralmente têm custos de administração mais baixos em comparação com fundos de investimento ativos.
Sua negociação em bolsa garante maior liquidez, facilitando a compra e venda de cotas conforme necessário. A transparência é outra característica essencial, permitindo um acompanhamento simples da composição e do desempenho do ETF
Desvantagens
Eles estão sujeitos às variações do índice que acompanham, o que implica exposição ao risco de mercado. Além disso, os ETFs têm limitações em termos de flexibilidade, uma vez que não é possível ajustar sua composição.
Apesar de terem custos de transação geralmente menores, ainda existem despesas, como a taxa de corretagem, a serem consideradas. No que diz respeito à tributação, os ETFs de renda variável não contam com isenção de imposto sobre ganho de capital para vendas até R$20.000, ao contrário das ações.
Além disso, eles não têm retenção na fonte, o que significa que os investidores devem emitir o DARF para pagar os impostos devidos.
Quais os melhores ETFs para investir?
Se você está pensando em investir em ETFs, algumas opções se destacam no mercado brasileiro:
- SMALL11: é uma excelente escolha para quem quer se expor para empresas de menor capitalização, conhecidas pelo seu potencial de crescimento;
- IMAB11: é voltado para títulos públicos indexados à inflação, sendo uma boa opção para quem busca uma alternativa mais segura e com rendimentos acima da inflação;
- BOVA11: replica o desempenho do Ibovespa e é uma forma simples de ter exposição às maiores empresas listadas na B3;
- IVVB11: permite investir em empresas americanas, já que replica o índice S&P 500, dando uma diversificação geográfica à sua carteira.
Cada um desses ETFs atende a um objetivo diferente, então a escolha deve ser baseada no seu perfil e metas de investimento. O SMALL11 é mais arriscado, mas com maior potencial de retorno, enquanto o IMAB11 é conservador em relação aos outros. Já o BOVA11 é um meio-termo, e o IVVB11 é ideal para quem quer diversificar internacionalmente.
Como escolher o ETF ideal para seu perfil de investidor?
Se você pende para o tipo conservador, deve optar por ETFs que investem em ativos de menor risco, como títulos públicos ou empresas de grande porte e com histórico de estabilidade.
Para os moderados, uma mistura de ETFs de renda fixa e renda variável pode ser interessante. Já os agressivos podem optar por opções que focam em setores voláteis ou em empresas menores com grande potencial de crescimento.
Se você está investindo para garantir sua aposentadoria, faz sentido escolher ETFs conservadores ou diversificados. Se você busca crescimento acelerado, os ETFs de renda variável podem ser mais apropriados. O importante é alinhar a escolha com suas metas financeiras e tolerância ao risco.
Como investir em ETFs?
Investir em ETFs é um processo relativamente simples e pode ser feito em poucos passos. Aqui está um guia para começar no PagBank:
- No app PagBank, clique “Investimentos”;
- Agora, vá em “Aplicar meu dinheiro”;
- Selecione “Renda Variável”;
- Clique em “Alocar Saldo” e digite quanto quer investir. Esse valor será transferido do saldo da conta PagBank para o saldo do Home Broker;
- Agora, vá em “Acessar Home Broker”;
- Crie uma senha eletrônica de 6 dígitos, que precisa ser diferente da usada para abrir o app;
- Pronto, agora é só escolher o ETF e investir.
Conheça as carteiras recomendadas do PagBank!
Você quer investir de uma maneira fácil em ETFs? As carteiras recomendadas do PagBank são uma excelente opção.
Elas são compostas por uma diversidade de ativos, incluindo ETFs, que são selecionados por especialistas para atender a diferentes perfis de investidores.
Acesse o Home Broker do PagBank e descubra a melhor opção para você!
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