Viver com renda passiva: veja como e quais investimentos você pode usar!

Resumo do texto

  • O que é renda passiva?
  • Veja 5 passos importantes para viver de renda;
  • Confira investimentos para ter renda passiva.

 

Já pensou ter um dinheiro caindo na sua conta sem precisar trabalhar? Isso é a renda passiva. Se acha que esse tipo de ganho não é para você, saiba que todo mundo pode investir em renda fixa ou variável e ter parte do orçamento vindo dos rendimentos.

A renda passiva pode não sustentar todas as suas contas, mas te ajuda a organizar o orçamento familiar, garantir suas economias  e, até mesmo, te dar mais tempo para se dedicar àquilo que gosta. Já pensou se planejar para reduzir a carga horária de trabalho para passar mais tempo com a família? Ter investimentos pode te ajudar nisso!

Mas, é preciso começar desde já. Afinal de contas, viver de renda pode parecer difícil, mas adicionar uma renda passiva na sua vida pode acontecer antes do que você pensa!

Afinal, o que é a renda passiva?

Renda passiva é o dinheiro que você ganha sem precisar “fazer nada”. Vamos explicar: se você tem um imóvel e aluga esse espaço, ganha uma renda passiva. Ou seja, você não está trabalhando por ele, apenas disponibilizando o espaço. 

A renda passiva pode vir de diferentes formas, como aluguel de imóveis, royalties e, também, de investimentos. É claro que chegar a um nível que você consiga viver apenas de renda, pode demorar. Mas, montar uma estratégia para adicioná-la na sua vida, é possível!

Para criar sua reserva de emergência, por exemplo, a renda passiva pode ser o primeiro passo. Escolher investimentos diversificados e montar uma carteira que faça o dinheiro cair na sua conta sem que você precise trabalhar te ajuda a se planejar para o futuro.

Como viver com uma renda passiva e qual a quantidade de dinheiro necessária?

Viver de renda passiva não é impossível, mas exige disciplina e tempo. Incluí-la para ajudar no orçamento familiar é só o começo. Mas, para isso, você precisa mudar a forma de se relacionar com o dinheiro desde já. É preciso acompanhar o mercado financeiro, ter tempo e estratégia.

Existe uma ideia de quem vive de renda para de trabalhar em meses. Não se engane. Não é bem assim que funciona. A verdade é que viver de renda é só um dos objetivos possíveis, mas você pode querer fazer uma transição de carreira, estudar em outra área ou, até mesmo, abrir seu próprio negócio. Tudo isso é possível com a renda passiva!

Se o seu objetivo é se planejar para, realmente, viver de renda, é preciso saber quanto será preciso ganhar todos os meses para continuar com o custo de vida atual. Para isso, os rendimentos devem:

  • Cobrir o seu custo de vida (alimentação, moradia, saúde, educação, etc.);
  • Custear objetivos pessoais (viagens, novos investimentos, troca de imóvel, dentre outros).

Portanto, para atingir esse nível, é preciso fazer o seguinte:

1. Conheça o seu custo de vida

Levante todos os gastos mensais fixos. Considere aluguel, alimentação, água, energia e os variáveis (mercado, lazer, vestimenta). Reúna todas as informações para ter uma ideia de quais são seus custos.

Afinal de contas, será necessário pagar todos eles sempre, certo? Não deixe nada de fora para que, no futuro, você não tenha problemas.

2. Identifique gastos desnecessários

Você está pagando taxas com anuidade de cartões? Realmente utiliza todos os streamings que tem assinatura? Para viver de renda é necessário que reveja gastos que podem ser eliminados.

Com essas informações em mente, é hora de fazer as contas e descobrir quanto precisa para viver de renda. Para isso, vamos considerar o modelo mais simples:

Patrimônio necessário = gasto anual ÷ (juros reais ÷ 100)

Os juros reais representam o quanto de juros suas aplicações rendem, descontada a inflação. Para encontrar esse dado, podemos utilizar a fórmula de Fisher, que nada mais é do que uma equação matemática que relaciona a taxa de juros, o rendimento dos investimentos e a inflação:

Fórmula de Fisher : 1 + taxa de juros nominal / 1 + inflação  onde: Taxa  de juros nominal: é a taxa informada no momento da aplicação. 

Agora imagine que você está considerando fazer uma aplicação financeira que oferece uma taxa de juros nominal de 9% ao ano. Além disso, você sabe que a taxa de inflação esperada para este ano é de 5%.

Usando a fórmula de Fisher, você pode calcular a taxa de juros real da seguinte forma: 

Juros reais: 1 + taxa nominal / 1 + inflação 

Juros reais: 1 + 9% / 1 + 5%  

Juros reais: 1,09 / 1,05 

Juros reais: 1,0380 

Agora, elimine o número 1 do resultado e multiplique por 100. Esse será o resultado:

Juros reais: 0,0380 x 100 = 3,80 %. 

Imagine também, um gasto de R$ 3 mil por mês ou R$ 36 mil ao longo do ano. Aplicando na fórmula, fica da seguinte forma:

Patrimônio necessário = gasto anual ÷ (juros reais ÷ 100)

Patrimônio necessário = 36.000 ÷ (3,80 ÷ 100)

Patrimônio necessário = 36.000 ÷ 0,038

Patrimônio necessário = 947.368,42

Portanto, você precisaria investir aproximadamente R$ 947.368 mil para viver somente de renda.

O valor é alto, certo? Talvez esteja fora do seu orçamento atual. Mas, isso não impede de você colocar metas. Por exemplo, dos R$ 36 mil de gastos anuais, R$ 3 mil, dá para custear com renda passiva.

Neste caso, aplicando novamente a fórmula, fica assim:

Patrimônio necessário = 3.000 ÷ (3,80 ÷ 100)

Patrimônio necessário = 3.000 ÷ 0,038

Patrimônio necessário = 78.947,36

Ou seja, você precisa aplicar quase 79 mil por ano para começar a adicionar a renda passiva no seu patrimônio. Aos poucos, vai aumentando o investimento e, consequentemente, a fatia dos seus gastos pagos com ela.

Ok. Você entendeu que precisa começar de alguma forma. Mais adiante, falaremos sobre as opções para juntar dinheiro.

Leia também: As diferenças entre renda fixa e renda variável.

Viver de rendimentos é seguro?

Sim! Mas é preciso ter consciência de que os rendimentos podem sofrer alterações. A rentabilidade deles não é constante, afinal, não é possível controlar os índices nem o mercado financeiro.

Com um bom planejamento, acompanhamento e ajuda correta, é possível definir como e quando fazer movimentações para proteger o patrimônio. Além, é claro, de procurar formas de potencializar os rendimentos ou amortecer perdas.

Quando o assunto é renda variável, não adianta aplicar mais para ganhar mais. A volatilidade do mercado torna os resultados imprevisíveis. Já com a renda fixa, a estabilidade é maior, apesar de não ser 100%.

Mas a renda fixa torna o caminho mais lento. Por isso, se você quer aumentar a fatia do seu custo de vida que será pago com renda passiva, precisa entender que é necessário diversificar os seus investimentos.

5 passos importantes para quem quer ter renda passiva

Hora de se preparar para mudar seu futuro. Saiba quais são os primeiros passos para adicionar renda passiva na sua vida.

1. Comece o quanto antes

O caminho para ter bons resultados com investimentos é planejamento, diversificação e longo prazo.

Quanto antes começar, mais rápido será a sua colheita. Então, não espere pelo “momento certo”. Comece hoje, mesmo que ganhe pouco e, aos poucos, você vai ver o cenário se modificando.

Uma dica é reservar uma pequena quantia todos os meses para investir. Assim, você já começa a ter uma renda passiva que pode se transformar em um reinvestimento. Lembre-se: é melhor dar pequenos passos do que ficar no mesmo lugar. 

2. Faça um planejamento financeiro

Não há como fugir do planejamento! Como dissemos, o primeiro passo para saber quanto precisa para viver de renda é identificar e controlar os seus gastos e custo de vida. Como você fará isso sem acompanhar suas entradas e saídas?

Comece o planejamento traçando o caminho percorrido pelo seu dinheiro ao longo do mês, ou seja, de onde ele vem e para onde vai. Assim, terá mais clareza para identificar oportunidades de aumentar a renda e reduzir gastos.

Para isso, o ideal é usar uma Planilha de Gastos Pessoais.

Agora, você verá que é possível sobrar um pouco de dinheiro no final do mês para começar a construir o seu plano. Afinal, vai criar objetivos baseados em planejamento.

Para isso, uma dica é separar as metas e objetivos em períodos, por exemplo: 

  • curto prazo (1 ano): quitar as dívidas;
  • médio prazo (5 anos): economizar 20% no gasto mensal e investir;
  • longo prazo (10 anos ou mais): ter 50% da renda mensal vinda de investimentos.

Para que você saiba como fazer isso, temos um guia com um passo a passo: Planejamento Financeiro: organize as suas contas e saia do vermelho.

3. Dê adeus às dívidas

Dívidas e rendimentos são duas coisas que não combinam. Você precisa eliminar os débitos para que seu dinheiro renda. Então, se tem muitas dívidas, foque em quitá-las, começando pelas que cobram mais juros.

Uma das estratégias que ajudam nesse cenário é aumentar o orçamento. Crie uma renda extra para fortalecer a entrada de dinheiro.

Leia também: 5 dicas essenciais para quitar as suas dívidas. 

4. Tenha uma reserva de emergência

A reserva de emergência é como o estepe do carro. Se tiver um problema com um dos pneus, terá um apoio até resolver a situação.

Ter uma quantia guardada evita que você saque valores que estão aplicados em investimentos e prejudique os seus rendimentos. 

A reserva de emergência também pode ser um investimento. Caso você utilize uma aplicação em renda fixa para juntar dinheiro, deixe claro que esse é o objetivo do dinheiro. Organização é a chave do negócio!

Qual deve ser o tamanho da minha reserva de emergência? Especialistas indicam que o valor ideal deve ser equivalente a seis meses dos seus custos fixos mensais.

5. Se comprometa com seu objetivo

Você não precisa ser fanático, mas é necessário colocar na balança o que é uma realização momentânea, que pode ser deixada de lado em prol de algo maior. 

Por outro lado, quando começar a colher os frutos, acompanhar o dinheiro trabalhar para você e começar a ter renda passiva, perceberá que valeu a pena cada centavo investido.

Veja bons investimentos para viver de renda

Conforme já vimos, é necessário ter um bom planejamento financeiro para começar a ter uma renda passiva. Mas, quais investimentos são indicados para ter na minha carteira e conquistar esse objetivo?

É preciso diversificar a carteira entre as classes de ativos, como renda fixa e renda variável, para encontrar bons investimentos que geram renda mensal.

Veja algumas opções que podem ser boas escolhas:

Fundos Imobiliários

Os fundos imobiliários, ou FIIs, são como um condomínio, onde os cotistas aplicam seu capital para custear operações (aquisição de imóveis ou terrenos, construção, reforma e outros). A partir disso, recebem rendimentos baseados em juros, aluguéis ou venda dos títulos.

Essa é uma boa opção, pois paga dividendos mensalmente. Imagine receber rendimentos de shoppings, grandes galpões e, até mesmo, terras agrícolas sem ter que comprá-las?

Leia mais: Guia de FIIs: faça os melhores investimentos para a sua carteira. 

Tesouro IPCA+

Considerado um dos ativos mais seguros, o IPCA+ é um empréstimo que você faz ao governo federal. Além de ser uma opção de renda fixa para diversificar a sua carteira, é um ativo que ajuda a proteger o poder de compra, já que paga juros somados à variação da inflação.

Há ainda opções de IPCA+ com juros semestrais. Assim, a cada semestre, você recebe o pagamento de juros, podendo reinvesti-los.

Leia também: Tesouro IPCA: entenda o funcionamento e saiba como investir.

Ações que pagam dividendos

Dividendos são parte do lucro das empresas dividido entre os sócios. Mas, fique de olho: não são todas elas que distribuem dividendo para os seus investidores. 

Algumas das mais famosas estão indicadas pelos especialistas PagBank na Carteira Recomendada Rendeira.

Além dos dividendos, algumas empresas ainda podem distribuir outros proventos entre os investidores, como bonificações, direito de subscrição e distribuição de lucro por Juros Sobre Capital Próprio (JSPC).

Mas como avaliar se uma empresa é uma boa pagadora de dividendos? A forma mais comum é avaliando o dividend yield (DY), em português, rendimento de dividendos. O indicador mostra quanto a empresa distribuiu em dividendos em relação ao preço de suas ações, considerando os últimos 12 meses.

Quando você busca informações sobre uma empresa ou suas ações, o cálculo já vem pronto para você. Para avaliar, tenha em mente que: quanto maior o rendimento de dividendos de uma empresa, maior é a distribuição. Por outro lado, quanto menor o indicador, menor o pagamento desse provento.

A Petrobrás, por exemplo, tem um DY de 50,08% nos últimos 12 meses de 2022. Já o DY do Banco do Brasil é de 8,38%. Mas, esse não deve ser o único fator analisado. É preciso considerar valorização da empresa, histórico de rentabilidade e outros. 

Se planeje para viver de renda passiva com o PagBank!

Sabia que você pode investir em todas as boas empresas pagadoras de dividendos? No Home Broker do PagBank, você tem acesso a todas as ações negociadas na B3, a Bolsa de Valores do Brasil.

Além disso, há carteiras recomendadas para todos os perfis de risco, dá só uma olhada: 

O caminho para viver com uma renda passiva é ter uma carteira rentável e que aumente o seu patrimônio. Para isso, você pode contar com os investimentos PagBank.

Abra a sua conta e dê o primeiro passo para viver de renda!

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