Entenda o que é inflação e como ela pode influenciar seus investimentos!

Resumo do texto

  • O que é inflação e quais os principais índices?
  • Entenda quais são as causas e consequências da inflação;
  • Confira os investimentos mais indicados para se proteger da inflação.

 

Provavelmente, você já ouviu falar da alta nos preços do combustível, da cesta básica e outros produtos nos noticiários da TV. Junto à movimentação dos valores, vem a tal da inflação.

Se você, investidor, não sabe exatamente o que é inflação, chegou a hora de entender como ela impacta a economia em geral e como se proteger para que ela não prejudique seus investimentos.

Além disso, você vai ficar sabendo quais investimentos estão atrelados à inflação e como usar esse índice para otimizar suas aplicações.

O que é inflação?

A inflação é a alta de preços que afeta, praticamente, todas as categorias de produtos e serviços. Veja um exemplo que você, provavelmente, já viveu:

Imagine que foi ao mercado fazer compras e gastou R$ 200 para comprar carne, frutas, feijão e produtos de limpeza. Um mês depois, você voltou e gastou R$ 250 para adquirir os mesmos itens. Essa variação é o que aponta para a inflação.

As frutas e grãos (feijão, soja, etc.) são alguns dos produtos que os preços acabam sendo mais impactados pela inflação.

Quais os principais índices de inflação?

Existem diversos índices de inflação no Brasil. No entanto, alguns possuem maior representatividade econômica, como o IPCA, INPC, IGP-M, IPC-S. Confira a seguir como cada um deles funciona.

IGP-M

IGP-M é a sigla para Índice Geral de Preços-Mercado e mede a variação de preços em várias etapas da cadeia produtiva, como matérias-primas, bens industriais e produtos em geral. O indicador também é utilizado para correção de contratos de aluguel.

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) é o responsável por calcular e divulgar o IGP-M todo mês.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) é o índice oficial de inflação do Brasil. É por meio dele que a meta de inflação é definida. Esse índice considera a variação nos preços de produtos e serviços para o consumidor final.

O cálculo do IPCA é baseado no consumo das famílias brasileiras que ganham entre 1 e 40 salários mínimos. Nesse sentido, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz um levantamento mensal em treze áreas urbanas do país, para encontrar a variação geral nos preços dos produtos e serviços.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi criado para reajustar salários em negociações trabalhistas. Nesse caso, o IBGE mede a variação dos preços de produtos e serviços mais consumidos por famílias que recebem de 1 a 5 salários mínimos nas principais regiões do Brasil.

IPC-S

O IPC-S ou Índice de Preços ao Consumidor Semanal faz a coleta de dados semanal e usa a média dos preços encontrados para calcular a variação do custo de vida das famílias que possuem renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. 

A avaliação é feita em apenas sete capitais brasileiras: São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Recife (PE).

O IPC-S se difere do IPCA, pois esse segundo faz o cálculo referente a dados mensais.

Quais são as causas da inflação?

Desequilíbrio entre oferta e demanda

Primeiro, precisamos entender a chamada “lei da oferta e da demanda”. Se a procura por um produto cresce e a oferta continua a mesma, o preço sobe, como exemplo, podemos citar as frutas e verduras, que são impactadas pela sazonalidade. 

Caso contrário, se a procura por um produto diminuir e a oferta continuar a mesma, seu preço irá cair.

Para exemplificar: se as pessoas querem trocar suas geladeiras por uma moderna, é possível que as lojas e os fabricantes não consigam dar conta da demanda. Sendo assim, com alta procura e poucas geladeiras no mercado, o resultado é o aumento de preço.

Aumento rápido dos custos de produção

Isso acontece quando um setor da economia sofre com alta no custo com matéria-prima (commodities), salários, impostos ou com acúmulo de dívidas. Todos os custos são repassados para os consumidores finais. Nesse caso, os preços sobem e, por consequência, a inflação também.

Um bom exemplo envolve os combustíveis, uma vez que os preços têm relação com o dólar e o preço internacional do barril de petróleo. Se o valor do barril sobe, o preço do combustível pago pelo consumidor também sobe.

O aumento no preço cobrado nos postos faz todo o transporte terrestre custar mais caro. Diante disso, as empresas que dependem desse serviço para distribuir seus produtos irão cobrar mais para repor o valor perdido com a alta do combustível.

Baixa concorrência

A baixa concorrência facilita a formação de cartéis, uma prática ilegal em que um grupo de empresas combinam um preço para seus produtos ou serviços. Isso geralmente ocorre em mercados onde existem poucas empresas produzindo um produto ou prestando serviços.

Inércia

A inflação por inércia acontece quando há uma expectativa de que ela continue por mais tempo, gerando uma necessidade de adaptação ao cenário atual e futuro. 

Explicando: as empresas se antecipam aumentando os preços dos seus produtos ou serviços. Diante desse cenário, as pessoas tendem a pedir aumento salarial para não perder o poder de compra.

Quais as principais consequências da inflação?

O dinheiro perde valor com a inflação em alta. Como o aumento da renda não acompanha as variações, as pessoas perdem o chamado poder de compra. Lembrando o exemplo dado no início, os R$ 200 de um determinado mês não compra as mesmas coisas no mês seguinte.

No entanto, as consequências não param por aí, pois o aumento dos preços gera muitas incertezas econômicas trazendo efeitos negativos. Veja alguns exemplos: 

  • Dificulta a entrada de novos investimentos;
  • Prejudica o comércio;
  • Dificulta o planejamento financeiro de longo prazo;
  • Atrapalha o crescimento do país.

E como a inflação impacta os seus investimentos?

A rentabilidade dos produtos de renda fixa pós-fixados acompanha o movimento da Selic (taxa básica de juros). Em alguns casos, quando a SELIC aumenta, a inflação também sobe, no entanto, isso também depende de fatores como o próprio cenário econômico. Ou seja, quanto mais os índices relacionados à Selic aumentam, mais os investimentos atrelados à inflação se valorizam.

Por outro lado, é preciso ter cautela com alguns produtos de renda variável como ações e derivativos. Afinal, muitas companhias listadas na bolsa podem ter suas receitas prejudicadas com a alta da inflação.

Como se proteger da inflação? 11 dicas de investimentos para você!

CDBs

Os CDBs são os títulos mais populares entre os investidores, principalmente entre aqueles que buscam estabilidade em períodos de inflação alta. E o motivo para isso é bastante simples: além de serem garantidos pelo FGC, os rendimentos de muitos CDBs podem aumentar à medida que a inflação sobe.

Isso acontece porque a rentabilidade desses títulos pode ser pós-fixada ou indexada à inflação, como ocorre com os CDBs que acompanham o IPCA.

LCIs e LCAs

As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs ( Letras de Crédito do Agronegócio) são títulos de renda fixa emitidos por bancos, porém, participam de mercados diferentes. Enquanto as LCIs fazem captação de recursos para o setor imobiliário, as LCAs fazem parte do agronegócio.

Elas podem ter a rentabilidade associada ao CDI e IPCA e são isentas de Imposto de Renda.

Tesouro Direto

Tesouro Direto é uma plataforma do Governo Federal que negocia os seguintes títulos públicos: 

  • Tesouro Selic;
  • Tesouro Prefixado;
  • Tesouro IPCA.

Assim como no CDB, as aplicações nos produtos funcionam como um empréstimo, mas com uma diferença, quem emite os títulos e faz o pagamento dos juros é o governo e não os bancos.

Fundos imobiliários

Apesar de ser um produto de renda variável, os investimentos em fundos imobiliários também são uma forma de se proteger da inflação.

Por exemplo: um fundo que possui aluguéis reajustados pelo IGP-M tem os contratos de locação atualizados conforme a inflação.

Ações

Quem imagina que as ações não podem gerar bons lucros com a inflação alta, precisa conhecer melhor as companhias dos setores de energia e as empresas que trabalham com exportação.

As ações do setor de energia não costumam ser prejudicadas pelo aumento geral dos preços. Isso acontece porque elas possuem contratos de concessão que são corrigidos segundo a inflação.

Sendo assim, elas repassam o aumento dos serviços para o consumidor final.

As ações de empresas exportadoras também não são muito impactadas pela inflação, pois uma boa parte da receita gerada é em dólar. Desse modo, não costumam sofrer tanto as influências do aumento dos preços no Brasil.

Debêntures

As debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas privadas. Os recursos captados por meio desses ativos são utilizados para pagar dívidas ou financiar projetos das empresas.

Quando você compra uma debênture, recebe uma remuneração com juros que, geralmente, refletem o CDI, Selic e IPCA+.

CRI e CRA

O CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) são títulos de renda fixa que estão associados a negócios de setores específicos (imobiliário e agronegócio).

Assim como na opção anterior, a rentabilidade dos produtos acompanha o CDI e a Selic. Além disso, quem investe em CRI e CRA também não precisa arcar com o Imposto de Renda sobre o lucro obtido.

BDRs

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) ou Certificados de Depósito de Valores Mobiliários são recibos que representam ações de empresas estrangeiras. Permitem investir no mercado internacional, já que eles são negociados na Bolsa de Valores brasileira, sem necessidade de abrir conta no exterior.

Investir nos BDRs é uma boa estratégia de diversificação e proteção nos períodos de inflação alta.

Criptoativos

Além de ser uma tendência, as criptomoedas não estão expostas diretamente ao mercado tradicional. Então, quando você aplica parte dos seus recursos em cripto, está se posicionando de forma mais neutra em relação à inflação.

No entanto, existem alguns fundos que misturam criptoativos e produtos de renda fixa, o que também pode ser uma boa opção. A Hashdex 20 Nasdaq Crypto Index é um exemplo de produto que utiliza essa estratégia.

Dicas para investir de olho na inflação

A inflação precisa estar no seu radar na hora de escolher os investimentos que vão fazer parte da sua carteira. Para entender qual caminho seguir, confira algumas dicas:

Sempre compare o rendimento do investimento com a inflação

Mesmo nos investimentos com rentabilidade aparentemente atrativa, vale a pena fazer uma comparação com a inflação do período. A prática pode te ajudar a identificar se o retorno das suas aplicações está sendo real ou prejudicado pela inflação atual.

Por exemplo: imagine que uma aplicação rendeu 12% ao ano e o IPCA do mesmo período foi de 7%. Então, o ganho real foi de aproximadamente 5% (diferença entre o IPCA e o rendimento da aplicação).

Defina estratégias para investir quando a inflação estiver alta

Já sabemos que os investimentos que acompanham a Selic, CDI e outros índices podem ser as melhores opções quando a inflação estiver alta, certo?

Sendo assim, uma das estratégias que pode adotar é escolher ativos de renda fixa com boa rentabilidade e prazo maior. Essa é uma forma de buscar proteção e, ao mesmo tempo, um maior retorno durante o período de alta nos preços.

Conte também com a ajuda dos especialistas do PagBank e acesse as carteiras sugeridas de investimentos:

Planeje o que fazer quando a inflação estiver baixa

Aqui, a atenção deve ser a rentabilidade dos investimentos de renda fixa, afinal, quando a taxa básica de juros diminui, o retorno das aplicações segue a mesma tendência.

Já para os investimentos de renda variável, existem produtos que se beneficiam mais com a inflação baixa (que reduz os juros). Um exemplo disso são as ações de crescimento, que nada mais são do que papéis de empresas em processo de expansão e com bom potencial de crescimento.

Invista no super app PagBank e faça seu dinheiro render acima da inflação!

Entender o que é inflação e quais investimentos podem ser usados como proteção, faz toda a diferença para o investidor. E com o preço de todos os produtos subindo, o ideal é ter uma reserva investida para que o dinheiro não perca valor e você consiga manter seu poder de compra.

No PagBank, é possível acessar investimentos que superam a inflação com rapidez e segurança. 

Você baixa o super app e escolhe os produtos de acordo com o seu perfil de investidor. Se a aplicação for em ações ou derivativos, basta acessar a área do Home Broker para concluir a operação. Tudo em um único lugar e direto do seu celular!

Torne-se um investidor com o PagBank!

“Este canal tem como única intenção fornecer um panorama sobre as diferentes categorias de produtos de investimentos disponíveis no mercado. Os conteúdos não têm o objetivo de oferecer análise de valores mobiliários ou recomendações de investimento, considerando que os produtos apresentados podem não ser adequados aos objetivos, situação financeira ou necessidades individuais de cada usuário. O PagBank se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que decorram da utilização de seu conteúdo, bem como por eventuais informações fornecidas por terceiros, que não expressam a opinião do PagBank. As projeções e preços apresentados estão sujeitos a variações e as informações podem não estar atualizadas no momento exato da consulta do material. Antes de tomar qualquer decisão, é recomendado que o leitor busque orientação financeira independente e leia atentamente os materiais técnicos relativos a cada produto.”