Como funciona o Tesouro Direito e como investir neste ativo

Resumo do texto

  • Saiba o que é e como funciona o Tesouro Direto;
  • Entenda os benefícios e riscos desse investimento;
  • Veja os tipos de Tesouro Direto disponíveis.

 

Quando o governo precisa financiar a educação, saúde e infraestrutura, utiliza como fonte principal os impostos. Porém, quando as despesas excedem as receitas, o governo pode se financiar emitindo títulos públicos, como os do Tesouro Direto. 

Como funciona o Tesouro Direto? Na prática, ele permite que os cidadãos invistam em títulos federais, ajudando a financiar o déficit governamental e recebendo rendimentos em troca.

Considerado o investimento mais seguro do país e atrelado a índices como o IPCA+ e a taxa Selic, ele é a chave para uma carteira de investimentos rentável e segura. É sempre uma boa ideia ter títulos do tesouro, e nesse guia você vai descobrir tudo sobre eles.

O que é e como funciona o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3, a bolsa de valores brasileira.

Seu objetivo é permitir que pessoas físicas comprem títulos públicos federais de forma simples e com valores que cabem no bolso da grande maioria da população.

O Tesouro Direto funciona como um empréstimo que você faz ao governo. Ao comprar os títulos públicos federais você ajuda na captação de recursos para financiar atividades como saúde, educação e infraestrutura.

Em troca, o Governo Federal devolve o valor com correção de juros, que é o rendimento da aplicação.

Esses títulos são vendidos em várias modalidades, com prazos e taxas de rendimento distintas. Seja para proteger seu dinheiro da inflação, garantir uma rentabilidade prefixada ou seguir a taxa básica de juros, há sempre uma opção que se encaixa ao perfil do investidor.

Principais características do Tesouro Direto

A principal característica do Tesouro Direto é sua acessibilidade. Se você tem entre 30 e 50 reais em mãos, já pode começar a investir nas opções oferecidas.

Isso sem falar na liquidez diária, que garante a possibilidade de vender os títulos a qualquer momento e receber um valor proporcional aos dias em que o dinheiro ficou aplicado.

Além disso, o risco é baixo, já que você está emprestando dinheiro ao Governo Federal, que é considerado um pagador confiável. E, por fim, também é importante destacar a variedade de opções, tanto para o cálculo de rentabilidade quanto em relação aos prazos.

o que é tesouro direto

Conhecendo os títulos do Tesouro Direto

Saber como funciona o Tesouro Direto é só a primeira parte deste guia. 

O fato é que existem diferentes formas de calcular os juros da dívida pública e cada uma dessas formas gera uma classificação: Tesouro Prefixado, em que você sabe exatamente qual a taxa que quer, até os temáticos, como o Educa+, para financiar uma carreira estudantil.

Veja algumas opções de Tesouro Direto que você encontra:

Tesouro Selic

O Tesouro Selic funciona com rentabilidade calculada com base na taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.

Ele é considerado o título mais conservador do Tesouro Direto, indicado para quem busca uma alternativa à poupança ou precisa de liquidez diária.

A Selic tende a ser ajustada a cada 45 dias, quando o Banco Central revisa seus valores. As mudanças raramente são maiores do que 0,5 pontos percentuais (p.p), o que garante alguma segurança quanto aos valores da aplicação.

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado é um título com rentabilidade definida no momento da compra. Isso significa que o investidor já sabe exatamente quanto vai receber ao final da aplicação.

Há um cenário particular quando o Tesouro Prefixado é interessante: quando a inflação ou a taxa Selic estão altas. Digamos que a taxa Selic esteja em 12% hoje. Para que o Tesouro Prefixado seja atrativo, ele precisa garantir uma taxa igualmente alta: 11% ou 12% durante dois anos, por exemplo.

Porém, sempre há um esforço, por parte do governo, de deixar tanto a Selic quanto o IPCA baixos. Logo, quem comprou o Tesouro Prefixado em um momento de alta das taxas de juros fica no lucro: pegou uma taxa alta que não vai aparecer de novo tão cedo.

Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ é um título que oferece ao investidor uma rentabilidade composta. Isso significa que os juros são calculados pela soma de dois índices. Neste caso, é utilizada uma taxa prefixada mais a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Com isso, é garantido o chamado ganho real, já que a rentabilidade sempre supera a inflação. Assim, o investidor não “perde dinheiro” devido à mudança do IPCA e nem fica no “zero a zero”.

Mas lembre-se: para ter esse retorno positivo, é necessário manter a aplicação até o vencimento.

Para conhecer e saber como investir no Tesouro IPCA+ acesse nosso conteúdo exclusivo sobre o tema.

Tesouro Educa+

O Tesouro Educa+ é uma forma de se preparar para custear a educação. Para isso, ele é dividido em etapas:

  1. Período de acumulação: quando há aplicações para aumentar o valor investido;
  2. Período de conversão: quando o valor investido começa a ter rendimento.

Por exemplo, quando seu filho nascer, você decide investir no Tesouro Educa+ e deposita R$ 200,00 todo mês. Essa é a fase de acumulação. Se eles estiverem previstos para começar a pagar em vinte anos, você terá uma renda mensal de R$ 1.300,00 enquanto seu filho estiver fazendo o curso!

O índice usado nesta modalidade é o mesmo do IPCA+ (taxa prefixada + valor do IPCA), o que garante ganho real.

Quer mais informações sobre como funciona o Tesouro IPCA+? Leia nosso texto sobre ele!

Tesouro RendA+

Se o anterior era focado em período de estudo, o Tesouro RendA+ é destinado para quem busca investimento voltado para a aposentadoria. Diferente de outros títulos públicos, ele foi criado com foco no planejamento financeiro a longo prazo.

Seu rendimento é atrelado à inflação, mesmo que as coisas fiquem mais caras você preserva o seu poder de compra e vive com o mesmo padrão que tem hoje. O público-alvo são trabalhadores autônomos com rendimentos entre três e cinco salários mínimos. 

A proposta é que este título possa complementar a renda do INSS, e não substituí-la.

Ficou interessado? Então vem conferir tudo sobre o Tesouro RendA+ em nosso conteúdo especial!

Benefícios do Tesouro Direto

Investir no Tesouro Direto pode ser uma boa escolha para quem busca um portfólio diversificado e seguro. As principais vantagens do tesouro direto são: segurança, rentabilidade garantida e liquidez.

Títulos do governo são sempre os mais seguros. Eles são a última coisa que o governo deixa de pagar e a primeira que volta a ser quitada. Como honrar os pagamentos garante ao governo prestígio (tanto nacional quanto internacional), nenhum governante quer ficar como caloteiro.

Por fim, a liquidez permite que você receba os títulos antes do prazo, em caso de alguma emergência, por exemplo. Isso, porém, pede um pouco de cuidado: a marcação a mercado pode fazer os títulos renderem menos do que você estava esperando.

Como funciona o investimento no Tesouro Direto?

Para investir no Tesouro Direto é simples e acessível para qualquer pessoa. A aplicação é feita pelo PagBank, diretamente no aplicativo. Então, basta escolher entre os diferentes tipos disponíveis – que apresentamos anteriormente – e investir naquele que melhor se encaixa na sua necessidade. 

Ele é indicado para quem busca liquidez, baixo risco e tem um valor limitado para começar. É possível aplicar a partir de R$ 30 ou R$ 50. Veja o passo a passo para começar agora mesmo com o PagBank:

  1. Abra o app PagBank;
  2. Na aba Investimentos, clique em Aplicar meu dinheiro;
  3. Agora, selecione Tesouro Direto;
  4. Você terá a lista de investimentos que pode realizar;
  5. Escolha o que melhor se encaixa ao seu perfil e vá em Investir.
  6. Pronto!

Afinal, o Tesouro Direto é um investimento seguro?

Sim, o Tesouro Direto é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado.

Isso porque os títulos públicos são garantidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, o risco de crédito (possibilidade do emissor não honrar o pagamento) é extremamente baixo.

Em outras palavras, quem garante seu retorno é o próprio governo. E ele tem total interesse em manter o pagamento em dia. Afinal, ao gerar essa segurança, mais investidores são atraídos e mais recursos são captados.

Quais são os riscos do Tesouro Direto?

Embora o Tesouro Direto ofereça bastante segurança, é sempre importante mencionar que todo investimento tem riscos.

No entanto, os riscos associados são consideravelmente menores quando comparados a outras modalidades. Vamos analisar os principais e como o TD se posiciona em relação a eles:

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Tipo de Risco

Descrição

Risco de Mercado

Alterações em preços e taxas de títulos na venda antecipada. Afetado por variações na Selic e na percepção de risco do país.

Risco de Liquidez

Dificuldade na venda de títulos pelo preço desejado durante períodos de alta volatilidade.

Risco de Crédito

Baixo risco do Governo Federal não pagar os títulos do Tesouro Direto.

É possível perder dinheiro com o Tesouro Direto?

Sim, é possível, especialmente ao vender antes do vencimento. Isso ocorre devido ao conceito de marcação a mercado, que nada mais é do que ajustar o valor do título à sua cotação atual.

É importante conhecer esse detalhe, especialmente quando o mercado está muito volátil ou vivendo mudanças muito intensas na taxa de juros. Neste cenário o preço pode ser inferior ao valor investido.

No entanto, se o investidor mantiver o título até o seu vencimento, receberá o valor acordado no momento da compra, independente das oscilações. Para quem tem a intenção de manter o investimento até o final, o risco de perda é praticamente nulo.

Os investimentos mais afetados pela marcação a mercado são os prefixados ou que acompanham a inflação (e possuem uma parcela prefixada, como IPCA+). Para as aplicações atreladas à Selic – que são pós-fixadas – a marcação é menos relevante.

Regras e especificações para investir no Tesouro Direto

Assim como todo investimento, o Tesouro Direto tem algumas regras para aplicar, veja as principais:

Taxas e custos

O Tesouro Direto conta com taxa de custódia, cobrada semestralmente pela B3, que é de 0,25% ao ano sobre o valor total do investimento. Além disso, algumas corretoras podem cobrar uma taxa de administração, que varia de acordo com a instituição.

Valor mínimo

O valor mínimo para investir varia conforme o título escolhido, mas, no geral, é possível começar algo em torno de R$ 30,00.

Isso torna o Tesouro Direto uma opção acessível para quem está começando no mundo dos investimentos e não tem uma grande quantia para aplicar inicialmente.

Tributação

O Tesouro Direto possui uma tributação regressiva sobre o Imposto de Renda (IR). Isso significa que, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor será a alíquota do IR cobrada.

As alíquotas variam de 22,5% para investimentos com prazo de até 180 dias, até 15% para investimentos com prazo superior a 720 dias.

Além do IR, o investidor também deve estar atento ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que está presente nos investimentos resgatados em menos de 30 dias.

Garantia

O Tesouro Direto é considerado um dos investimentos mais seguros graças à garantia do Tesouro Nacional, cujo risco de calote é praticamente nulo.

É preciso declarar o Tesouro Direto no Imposto de Renda?

Sim, é necessário informar os investimentos no Tesouro Direto na sua declaração de Imposto de Renda, mesmo que os rendimentos só sejam tributados no momento do resgate. Isso é uma exigência da Receita Federal. Para isso, você precisa:

  • Acessar a ficha “Bens e Direitos”, no IR; 
  • Selecionar o grupo “04 – Aplicações e Investimentos”;
  • Em seguida, o código “02 – Títulos públicos e privados sujeitos à tributação”;
  • Clique em “novo” para informar o valor investido, que deve ser o saldo entre a data de começo e final do ano da declaração, e pronto!

Vale a pena investir no Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é uma excelente opção para quem busca segurança e rentabilidade em seus investimentos. De acordo com a forma como funciona o Tesouro Direto, é possível escolher aquele que melhor se encaixa ao seu perfil e objetivos financeiros.

Além disso, a liquidez diária e a garantia do Tesouro Nacional tornam esse investimento uma alternativa atrativa tanto para iniciantes quanto para investidores mais experientes.

Não conhece seu perfil de investidor? Veja mais detalhes sobre o assunto em nosso texto!

Invista no Tesouro Direto com o PagBank, é fácil e rápido!

Você já entendeu as vantagens e como funciona o Tesouro Direto. Agora é a hora de investir! E não tem lugar melhor para fazer essa aplicação do que o PagBank. Com uma plataforma fácil e intuitiva, você tem acesso aos principais títulos do governo a um toque de distância.

Para quem já tem a Conta Rendeira, basta seguir o passo a passo de como investir e começar agora mesmo. Mas, se você ainda não tem, abra agora mesmo sua conta PagBank e aproveite as diversas opções de investimento na palma da sua mão.

Vem para o PagBank fazer seu dinheiro render com o Tesouro Direto