E-commerce: saiba como criar o seu próprio comércio online

De acordo com uma pesquisa da Nuvemshop em parceria com a E-commerce Brasil, metade dos lojistas planeja expandir seus canais de venda em 2023. A solução que eles consideram para isso é abrir um e-commerce!

Se você faz parte desse grupo, continue a leitura e descubra como criar seu próprio negócio online!

Outros artigos que podem ser do seu interesse:

• Tipos de e-commerce: conheça os principais!
• Conheça produtos para vender no seu e-commerce;
• Como criar uma loja virtual? Confira 6 dicas para começar a vender online.

O que é e-commerce?

E-commerce (comércio eletrônico, em português) é um sistema de compra e venda de produtos e serviços pela internet, que elimina a necessidade de interações em lojas físicas. Isso permite que os clientes comprem com mais facilidade, enquanto os vendedores alcançam um público maior, sem ter a distância como barreira.

Vale a pena montar um e-commerce no cenário atual?

Sim! De acordo com o Sebrae, o mercado online está em crescimento e tem atraído cada vez mais empreendedores.

Montar um e-commerce no cenário atual é uma alternativa bastante rentável desde que você saiba como vender seus produtos e serviços!

Quais são os principais canais de vendas online?

Existem três canais principais para quem quer vender online: loja virtual, marketplace e redes sociais. Veja como funciona cada um.

Loja virtual

Uma loja virtual é um site na internet onde você exibe e vende seus produtos ou serviços. Funciona assim:

1. Os visitantes navegam pelo seu catálogo;
2. Escolhem os itens que interessam;
3. Adicionam ao carrinho e, em seguida, realizam o pagamento online, de forma segura.

A plataforma de e-commerce que você escolher para alocar sua loja virtual é quem gerencia o site, processamento de pedidos e informações de clientes, sendo sua obrigação apenas manter o catálogo atualizado.

Marketplace

O marketplace é como um shopping center virtual. Ele reúne várias marcas em um único local, facilitando o acesso do consumidor a uma variedade maior de produtos. Veja como funciona:

1. Lista itens ou serviços de diversos vendedores em um único local, permitindo que os compradores naveguem, comparem opções, adicionem ao carrinho e efetuem compras;
2. As lojas gerenciam seus próprios inventários e preços, enquanto o marketplace cuida do processamento de pagamentos e, em alguns casos, da entrega.

Esse modelo oferece uma ótima oportunidade de interação entre o seu negócio e um grande público.

Redes sociais

As vendas pelas redes sociais são uma febre entre os consumidores. Você cria um perfil próprio para o seu negócio e compartilha postagens, fotos, vídeos e outros tipos de mídia sobre seus produtos.

Elas também oferecem recursos de mensagens, grupos e páginas para interesses específicos. Isso permite construir comunidades online e facilitar a comunicação, o engajamento e a divulgação de informações em tempo real.

Entenda os benefícios de um e-commerce

Abrir um comércio online pode ser muito benéfico comparado a manter um espaço físico. Conheça 6 vantagens de ter um e-commerce.

Redução de custos

Você não vai ter gastos com aluguel e manutenção de uma sala comercial, o que já representa uma enorme economia. Além disso, veja onde mais as despesas são reduzidas:

• Armazenamento centralizado ou dropshipping reduz custos associados ao estoque;
• Menos pessoal para atendimento, estoque e caixa, diminuindo despesas com folha de pagamento;
• Funcionamento contínuo (24/7) reduz custos de operação em relação a lojas físicas com horários limitados;
• Modelos de envio eficientes, como o Envio Fácil, e parceiros logísticos reduzem custos de transporte e distribuição;
• Chatbots e sistemas automatizados de atendimento minimizam a necessidade de suporte humano constante.

Eliminação de barreiras geográficas

O e-commerce expande o seu negócio a nível mundial. Pessoas de todos os cantos do planeta podem acessar o site ou página da sua empresa e conferir seus produtos.

Isso faz com que sua marca se conecte com públicos que,  não seria possível criar tais relações pessoalmente, devido à distância.

Expansão de mercado

Um negócio online amplia o alcance da sua marca e diversifica a sua base de clientes. Dessa forma, as vendas aumentam e as oportunidades em novos mercados também, como em outros estados, por exemplo.

Alinhamento com a jornada do usuário

A jornada de compra do usuário é o caminho que uma pessoa percorre no relacionamento com a sua empresa. A partida acontece na descoberta, (quando ela encontra sua página) até o fechamento do pedido e a pós-venda.

Os consumidores modernos prezam muito pela praticidade, portanto, ter seu negócio online é estar alinhado com o que o público espera.

Possibilidade de funcionar 24h

No e-commerce não existe horário de abertura e fechamento. O usuário pode visualizar seus produtos 24h por dia, 7 dias por semana.

Ele tem todo o tempo do mundo para avaliar com calma e, quando tomar uma decisão, o sistema da plataforma de e-commerce ou a rede social informarão você.

Baixo investimento inicial

O investimento inicial de um comércio eletrônico é infinitamente menor em comparação com os modelos físicos de loja.

Como o aluguel de um espaço, dependendo da cidade e da região em que estiver localizado, pode ser superior a R$5.000. Enquanto isso, para começar seu e-commerce, só vai precisar de:

• Hospedagem;
• Plataforma, como o Woocommerce para WordPress;
• Design (o WordPress oferece modelos gratuitos, se você não quiser investir nisso em um primeiro momento);
• Logística eficiente (para armazenar, receber e enviar os produtos).

Como montar seu próprio negócio online?

Agora que você já sabe o que é um e-commerce, quais os principais canais para vendas online e os benefícios, chegou a hora de aprender a montar seu próprio negócio.

Veja o passo a passo:

1. Escolha a plataforma

Para escolher a plataforma, considere o seguinte:

• Escalabilidade (capacidade do sistema aguentar um maior número de acessos ao mesmo tempo);
• Facilidade de uso;
• Recursos de personalização, como opções de layout e possibilidade de inserir links para as redes sociais;
• Suporte técnico;
• Formas de pagamento;
• Segurança;
• Integração com ferramentas de marketing e análise e vendas.

2. Defina seu modelo de negócio

Para definir seu modelo de negócio, a primeira etapa é determinar a proposta de valor Único (PUV). Em seguida, os outros aspectos que você precisa avaliar são:

• Canais de distribuição;
• Custos;
• Se vão haver parceiros/sócios ou não;
• Principais atividades;
• E recursos necessários, como notebooks, telefones, etc.

3. Crie um planejamento

Para criar um planejamento eficaz, defina metas claras e mensuráveis e estabeleça um cronograma realista de tempo para cada ação. Outros pontos de atenção:

• Analise a concorrência e o mercado-alvo;
• Crie estratégias de marketing e divulgação;
• Defina um orçamento;
• Identifique possíveis riscos e planos de contingência;
• Avalie regularmente o progresso.

4. Invista na segurança do seu negócio

O mundo cibernético não está imune a perigos, como invasões de hackers. Por isso, invista na implementação de certificados de segurança, como o SSL para criptografia de dados. Além disso, priorize:

• A escolha de uma hospedagem confiável;
• Mantenha o software sempre atualizado;
• Utilize firewalls e outros sistemas para detecção de intrusos;
• Faça backups regulares dos dados;
• Estabeleça políticas de acesso e proteção de informações.

5. Defina as formas de pagamento

Escolha opções que se alinhem ao perfil do seu público e às suas necessidades. Considere:

• Cartões de crédito/débito;
• Carteiras digitais;
• Transferências, como Pix;
• Boleto bancário.

6. Selecione quais produtos serão vendidos

Identifique um nicho de mercado que você entenda bem e que tenha demanda. Faça uma pesquisa para avaliar a concorrência.

Lembre de escolher produtos que ofereçam valor, atendam as necessidades dos clientes e tenham margens de lucro viáveis. Comece com poucas variedades e expanda conforme o negócio cresce.

7. Capriche nas fotos e descrições dos produtos

Invista em boas fotos, com uma câmera de qualidade e que fiquem nítidas. Estude sobre os melhores ângulos e iluminação para fotografar o tipo de produto que você vende, dando preferência a fundos neutros.

As descrições precisam ser claras e informativas, destacando as características, benefícios e utilidades. Utilize linguagem persuasiva, mas seja honesto e preciso, incluindo tamanhos, materiais de fabricação e outras instruções.

8. Monte uma estrutura de logística

Planeje com cuidado os processos de armazenamento, embalagem e envio de produtos. Escolha um espaço adequado para armazenagem, de acordo com a demanda.

Procure fazer parcerias com empresas de logística confiáveis para gerenciar as entregas, considerando opções de frete, rastreamento e tempo de entrega.

9. Crie um plano de marketing digital

Criar um plano de marketing digital é fundamental para divulgar sua empresa e seus produtos de maneira criativa e persuasiva. Para fazer isso, siga os passos abaixo:

• Defina metas, como aumentar o tráfego orgânico, conversões ou reconhecimento da marca;
• Identifique seu público-alvo e canais relevantes, como redes sociais, SEO, marketing de conteúdo e e-mail marketing;
• Crie conteúdo de qualidade e relevante para atrair e engajar seu público;
• Estabeleça um calendário de publicações;
• Determine um orçamento para anúncios pagos, se necessário.

10. Esteja presente nas redes sociais

Estar presente nas redes sociais é indispensável, especialmente nos dias de hoje. Considere o seguinte:

• Crie perfis de acordo com a identidade da sua marca, incluindo imagens atraentes;
• Publique conteúdo variado, como postagens informativas, fotos dos produtos, histórias de bastidores e promoções;
• Interaja com os seguidores respondendo comentários e mensagens;
• Use hashtags relevantes para aumentar a visibilidade;
• Mantenha uma programação de postagens consistente para manter o engajamento.

Como tornar a logística sua maior aliada de vendas?

Nenhum dos processos explicados até aqui irão adiantar se você não tiver uma logística bem estruturada. Separamos 4 pontos de atenção, que vão ajudar a organizar seu estoque e priorizar a qualidade do envio e entrega das mercadorias.

Tenha fornecedores confiáveis

Escolher fornecedores sérios e de confiança é fundamental para garantir que seu estoque nunca ficará vazio. Listamos tópicos para você avaliar antes de tomar sua decisão:

• Pesquise reputação e histórico, peça referências a concorrentes que compram do mesmo fornecedor ou procure informações no Google, por exemplo;
• Avalie a qualidade dos produtos/serviços;
• Analise prazos de entrega, políticas de devolução e suporte ao cliente;
• Verifique se têm certificação e conformidade com todas as leis e regulamentações do tipo de produto que o fornecedor vende;
• Avalie a estabilidade financeira da empresa.

Uma boa alternativa para conhecer fornecedores é visitar feiras comerciais. Parcerias com fornecedores confiáveis garantem entregas consistentes, pontuais e minimizam riscos de problemas operacionais, como falta de estoque.

Defina seu tipo de estoque

Ao definir o tipo de estoque, considere o modelo de negócio (dropshipping ou estoque próprio), a demanda prevista, os itens oferecidos e o espaço que você tem disponível.

Escolha entre estoque amplo, com variedade de itens, ou foque em produtos-chave. Avalie os prós e contras de cada abordagem, como gastos com armazenamento, controle de qualidade e flexibilidade para atender às demandas sazonais. Escolha aquele que cabe no seu orçamento.

Ofereça estratégias de frete grátis

Frete grátis é algo que todo cliente gosta. Estude bem a opção de fazer envios gratuitos dos pedidos, mas lembre-se de considerar os gastos que você teria com isso, afinal, a transportadora não vai trabalhar de graça.

Uma alternativa é oferecer o frete grátis somente em produtos selecionados ou a partir de um valor mínimo de compra (R$ 300, por exemplo). Isso garante que mesmo oferecendo esse benefício, você ainda terá margem de lucro.

Fique atento aos prazos de entrega

Nenhum cliente gosta de receber o pedido com atraso. Além de criar uma situação desconfortável, isso pode colocar em risco a imagem  da sua marca

Monitore a cadeia logística e trabalhe com parceiros de envio confiáveis para garantir que os prazos sejam cumpridos. Implemente sistemas de rastreamento para fornecer atualizações em tempo real aos clientes.

Entenda as principais métricas do e-commerce

Para saber se suas estratégias estão dando certo é necessário definir e monitorar algumas métricas relevantes. Listamos 5 delas e explicamos porque importam para o seu negócio.

ROI

O Retorno Sobre Investimento (ROI) avalia a eficácia de uma aplicação comparando o lucro líquido com os custos. Ele é expresso como uma porcentagem, indicando o retorno obtido em relação ao valor investido.

Por exemplo, se você investiu R$ 1.000 em uma campanha de marketing e obteve um lucro líquido de R$2.500, o cálculo do ROI seria:

• ((2.500 – 1.000) / 1.000) * 100 = 150%.

O ROI nesse caso seria 150%, o que significa que ele foi 1,5 vezes o valor investido.

Taxa de conversão

A taxa de conversão é a porcentagem de visitantes que realizam uma ação desejada, como fazer uma compra. Se 100 pessoas visitaram seu site e 5 fizeram uma compra, o cálculo fica:

• (5 / 100) * 100 = 5%.

Isso significa que 5% dos usuários efetuaram a conversão desejada.

Ticket médio

O ticket médio é o valor médio que seus clientes gastam em compras. Por exemplo, se as vendas totais de um mês somam R$ 10.000 e houve 100 transações, ele seria:

• R$ 10.000 / 100 = R$ 100.

Isso significa que, em média, cada cliente gastou R$100 por compra.

Taxa de rejeição

A taxa de rejeição é a porcentagem de visitantes de um site que navegam apenas em uma única página e saem sem interagir mais. Se 100 pessoas visitaram seu site e 40 saíram após visualizar apenas uma página, o cálculo é:

• (40 / 100) * 100 = 40%.

Se esta taxa for alta, isso pode indicar que os visitantes não encontraram o que procuravam ou que a página não é envolvente.

Tráfego orgânico e pago

O tráfego orgânico se refere às visitas ao seu site que provém de mecanismos de busca, como o Google, sem envolver pagamento direto por anúncios.

Tráfego pago, por outro lado, é gerado por anúncios online, onde você paga por cliques, impressões ou interações. Confira o exemplo:

• Se 100 pessoas visitaram seu site e 60 vieram de resultados de pesquisa e 40 de anúncios, sua divisão de tráfego seria 60% orgânico e 40% pago.

Ambos são componentes importantes para aumentar a visibilidade do seu site e alcançar seu público-alvo.

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